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Pesquisa sobre o Dia dos Namorados: empresários esperam tíquete médio de R$ 88,50

Sugestão de Pauta

Lojistas da capital acreditam que o aumento do custo de vida pressionado pela alta da inflação levará os consumidores a gastarem menos neste Dia dos Namorados. A pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) realizada com 103 empresários da capital e Região Metropolitana, no período de 9 a 20 de maio, apontou que o tíquete médio para a data deve ser de R$ 88,50. No ano passado, esse valor era de R$ 101,85.  
(Valor médio por presente R$88,50 – Tíquete médio dos anos anteriores: 2015: R$ 101,85 – 2014: R$ 145,82 – 2013: R$ 95,53) 
 

Mas para 42,0% dos lojistas, o consumidor deve desembolsar somente até R$ 50 com o presente deste Dia dos Namorados. Segundo o vice-presidente da CDL/BH, Marco Antônio Gaspar, devido a atual conjuntura econômica o orçamento de boa parte dos belo-horizontinos está comprometido com as despesas essenciais da casa.  “Com isso, a renda disponível para o consumo fica menor. Mas mesmo assim o consumidor não deixará de comprar na data. O que ele fará é adequar o preço do presente a um valor que se encaixe no seu bolso”, afirma.

Em seguida aparecem: tíquete médio de R$ 50,01 a R$ 100 (33,0%); de R$ 100,01 a R$ 150 (16,0%); de R$ 150,01 a R$ 200 (2,0%); de R$ 200,01 a R$ 250 (3,0%); de R$ 250,01 a R$ 300 (2,0%) e de R$ 300,01 a R$ 400 (2,0%).
(Grárfico 1) 
 

A pesquisa da CDL/BH com os empresários também apontou qual o valor médio que o consumidor deve desembolsar, conforme o tipo de presente. Os belo-horizontinos que desejam presentear com joias e bijuterias terão que desembolsar R$ 100. Já o gasto de quem optar por roupas será de R$ 97,80. Em seguida aparecem os gastos com calçados (R$ 82,15), flores (R$ 79,17) e cosméticos (R$ 75). 
(Gráfico 2)
 

Pessimismo – A maior parte dos lojistas da capital (59,2%) está pessimista com o desempenho do seu negócio para o Dia dos Namorados. Destes, 46,6% esperam vendas piores neste ano, na comparação com o mesmo período do ano anterior e a expectativa de 12,6% das entrevistas é de vendas muito piores. E a queda esperada por esses lojistas é de quase 30%. “Esse pessimismo é reflexo da desaceleração econômica do país ao longo do ano. A crise em que vivemos está desestimulando o consumo e, consequentemente, prejudicando o faturamento do varejo da capital”, afirma o vice-presidente da CDL/BH.

Otimismo para a data – Apesar do pessimismo da maioria dos lojistas, 15,5% dos empresários acreditam em desempenho positivo, com uma média de crescimento nas vendas de 4,3%. “A pesquisa da CDL/BH também identificou que os lojistas mais confiantes para a data são dos segmentos de cosméticos, perfumaria e calçados. O motivo é que estes setores oferecem ao consumidor presentes de menor valor agregado”, explicou Gaspar.

Já os empresários que esperam vendas semelhantes para este ano totalizam 23,3% dos entrevistados. Os que não responderam a essa pergunta somam 2,0% dos lojistas.
(Gráfico 3)

Avaliando a expectativa de vendas por porte do negócio, a pesquisa da CDL/BH mostrou que os microempreendedores individuais (75,0%) e os lojistas de empresas de médio porte (100%) são os mais pessimistas para as vendas deste Dia dos Namorados. 
(Gráfico 4)


Encomendas – Reflexo do pessimismo para a data, 55,4% dos lojistas fizeram um estoque menor para o Dia dos Namorados. O vice-presidente da CDL/BH explica que como a desaceleração da economia levou o comércio a registrar queda nas vendas das principais datas comemorativas de 2015, é normal que os lojistas adotem uma postura mais cautelosa ao planejar seus estoques. Apesar disso, 7,7% dos entrevistados mostraram-se otimistas e ampliaram seus estoques. Já 30,1% dos lojistas fizeram o mesmo volume de encomendas do ano passado.
(Gráfico 5)

 

O presente – Roupas devem ser um dos produtos mais procurados pelos consumidores, segundo 36,9% dos lojistas. Em segundo e terceiro lugar, aparecem a preferência por calçados (22,5%) e joias/bijuterias (8,1%), respectivamente.  Os demais produtos citados pelos empresários foram: artigos diversos (6,3%); flores (5,4%); bombons (4,5%); óculos (3,6%); perfumes/cosméticos (3,6%); livros/artigos de papelaria (2,7%); cama, mesa e banho (1,8%); eletrônicos e acessórios (1,8%); bolsas e acessórios (0,9%) e relógios (0,9%). Os que não responderam totalizam 1,0% dos entrevistados
(Gráfico 6)
 

Forma de pagamento – Para 77,7% dos entrevistados, os consumidores vão optar pelo parcelamento na hora do pagamento do presente deste Dia dos Namorados. E a expectativa desses empresários é que o belo-horizontino divida o valor de suas compras em até quatro vezes. As demais formas de pagamento citadas foram: dinheiro (11,7%); cartão de débito (2,9%); e à vista no cartão de crédito (6,8%).
(Gráfico 7)
 

Estratégia – A aposta de 32,1% dos empresários para atrair mais consumidores neste Dia dos Namorados está na decoração da loja. A segunda estratégia mais adotada é o preço, valor dos produtos e liquidação, segundo 30,4% dos entrevistados.


Em seguida aparecem: outros (9,5%); divulgação dos produtos (8,9%); produtos diferenciados (7,1%) e qualidade/mix de produtos (3,6%). Os lojistas que não sabem ou não responderam somam 4,2% dos entrevistados. Já 4,2% afirmaram que não vão adotar nenhuma estratégia neste Dia dos Namorados.
(Gráfico 8) 

 

Divulgação – Os principais meios utilizados para a divulgação dos produtos, serviços e promoções serão cartazes e faixas na vitrine da loja (35,1%), Facebook (19,2%) e WhatsApp (10,6%). Segundo o vice-presidente da CDL/BH, muitos lojistas têm utilizado esses recursos devido ao seu custo/benefício.  “Devido à desaceleração da atividade econômica grande parte das empresas está sem margem para fazer investimentos mais elevados”, afirma.

Os outros meios de divulgação citados foram: boca a boca (8,6%); site da empresa (5,3%); panfletos (4,0%); carro de som (3,3%); televisão/rádio (3,3%); Instagram (1,3%); jornal (0,7%) e SMS (0,7%). Os lojistas que não farão nenhuma divulgação somam 6,0%.
(Gráfico 9)
 

Fatores positivos para vendas – Para 34,3% dos empresários, um fator que pode contribuir com o aumento das vendas do Dia dos Namorados é o fim da crise econômica e política. Já para 14,6%, o aquecimento do mercado de trabalho é o que auxiliará o crescimento das vendas. Em seguida aparecem: outros (17,5%); mudança no cenário político (12,6%); aumento da renda real dos trabalhadores (6,8%) e crédito facilitado para pessoas físicas (6,8%). Os que não sabem qual fator pode ajudar somam 4,9% dos entrevistados. Já 10,6% acreditam que nada contribuirá com as vendas.


Quando perguntados sobre qual fator pode prejudicar as vendas, 40,8% responderam desemprego. “Com a perda salarial, a tendência é que o consumidor reduza o seu consumo. Comportamento que reflete a preocupação dos empresários com o desempenho das vendas do setor”, afirma o vice-presidente da CDL/BH. Em seguida aparecem: fim da crise econômica/política (24,3%); inflação alta/preço dos produtos (15,5%); aumento da taxa de juros (5,8%); dívidas/inadimplência (4,9%) e outros (3,9%). Para 1,9% dos entrevistados nada pode prejudicar as vendas. E os que não sabem somam 2,9%.
(Gráfico 10)


Cenário econômico – Os empresários também foram perguntados sobre como está a situação financeira de sua empresa, na comparação com o mesmo período do ano passado. Para 57,2% dos entrevistados, a percepção é de piora. O vice-presidente da CDL/BH explica que esse pessimismo é resultado da crise econômica e política instaurada no país. “Enquanto políticas de fomento ao setor produtivo não forem implantadas, o desenvolvimento econômico brasileiro continuará emperrado”, afirmou.

Os lojistas que acreditam que o atual cenário de sua empresa está semelhante ao ano passado somam 31,1%. E 5,9% perceberam melhora em seus negócios. Já 5,8% não responderam. 
(Gráfico 11)


Expectativa de vendas – De acordo com a CDL/BH, o desempenho do comércio em junho deve ter uma variação entre -1,88% a +0,63%, na comparação com o mesmo período do ano passado. As vendas do Dia dos Namorados devem injetar na economia de Belo Horizonte entre R$ 2,01 bilhões a R$ 2,06 bilhões. 
(Gráfico 12 – Ver documento em anexo)