Imprensa - 30 de julho de 2018 Recuperação de crédito entre os consumidores da capital cresce 12,1% em junho Sugestão de Pauta Com a leve melhora do cenário econômico, os belo-horizontinos estão buscando organizar suas finanças e quitar suas dívidas. Em junho, na comparação ao mesmo mês do ano passado, a recuperação de crédito apresentou uma variação positiva de 12,1%. Esse é o segundo melhor resultado registrado neste ano (Março em 13,67%) e é reflexo da desaceleração da taxa de desemprego (1º tri.18 em 13,9%/1º tri.17 em 14,5% – IBGE), da taxa de juros (Jun.18 em 6,5%/Jun.17 em 10,25% – BC), do aumento do rendimento real (1º tri.18/1º tri.17 em 7,9% – IBGE) e da entrada de capital extra na economia via PIS/PASEP. “A economia vem se recuperando lentamente, mas já temos uma situação melhor do que a do ano passado neste mesmo período. Com mais recursos disponíveis, os consumidores conseguem destinar uma maior parte da renda para quitar os débitos e voltarem assim para o mercado de crédito”, explica o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Bruno Falci. Na comparação mensal (Jun.18/Mai.18), o volume de pessoas que recuperaram o crédito cresceu 1,12%. Mulheres da capital quitam mais seus débitos que os homens As consumidoras de Belo Horizonte estão conseguindo pagar mais as suas dívidas do que os homens. Em junho, elas foram responsáveis pela maioria (54,73%) dos cancelamentos de registros junto ao SPC da CDL/BH. No sexo masculino, o percentual ficou em 45,27%. Embora o índice de desemprego seja maior entre o público feminino (12,3% de acordo com dados do IBGE do quarto trimestre de 2017 frente a 10,3% do público masculino), as mulheres estão conseguindo deixar as contas em dia porque possuem um valor médio de dívida menor que o dos homens. “Os homens geralmente estão atrelados às compras de maior valor agregado, o que pode acarretar possíveis dívidas em longo prazo, caso não sejam cumpridos os pagamentos”, esclarece Falci. Na variação por faixa etária, o maior índice de cancelamentos de registros no SPC ocorreu no intervalo de 30 a 64 anos (73,05%). O menor resultado está entre os mais jovens, de 18 a 24 anos (6,1%). “Essa parcela da população está entrando mais tarde no mercado de trabalho, e por não possuir renda consome menos”, justifica o presidente da CDL/BH.