Imprensa - 16 de junho de 2014 Recuperação de crédito na capital mineira apresentou o pior desempenho dos últimos dois anos Sugestão de Pauta De acordo com o indicador doServiço de Proteção ao Crédito (SPC) da CDL/BH, o número de pagamento de dívidas em atraso apresentou queda de 0,43%, no acumulado de 2014. Este é o pior índice de recuperação de crédito dos últimos dois anos. De janeiro a maio de 2013, o número de pagamento de dívidas cresceu 5,94%, já em 2012 a regularização de débitos na capital mineira apresentou aumento de 8,78%. GRÁFICO 01 – recuperação de crédito De acordo com a economista da CDL/BH, Ana Paula Bastos, neste ano, os consumidores estão tendo mais dificuldades em reorganizar suas finanças. “E isto deve-se, sobretudo, ao aumento do nível dos preços, fator que exerce grande influência sobre os orçamentos familiares, tendo em vista seu poder corrosivo sobre a renda e, consequentemente, sobre a capacidade de pagamento de dívidas em atraso”, afirmou Ana Paula. GRÁFICO 02 – Inflação do Brasil Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Em maio, na comparação com o mês imediatamente anterior, o número de pagamento de dívidas em atraso caiu 0,17%. Em relação ao mesmo mês do ano anterior (Maio.2014/Maio.2013), a recuperação de crédito na capital mineira apresentou crescimento de 1,09%. Para Ana Paula, o desempenho positivo é reflexo do aumento da renda dos trabalhadores. “Com o incremento salarial, boa parte dos consumidores conseguiu reorganizar-se financeiramente para regularizar suas pendências financeiras”, explicou a economista da CDL/BH. Dívidas em atraso – Em maio, o número de dívidas em atraso na capital mineira registrou aumento de 1,75%, em relação ao mês imediatamente anterior. Comparando com o mesmo mês do ano passado (Maio.2014/Maio.2013), o crescimento da inadimplência na capital mineira foi de 1,13%. E no acumulado do ano, o número de dívidas em atraso teve alta de 3,87%. Para Ana Paula, tais resultados reforçam o poder corrosivo da inflação. “Com a elevação do custo de vida, o orçamento das famílias foi pressionado, comprometendo, assim, a capacidade de pagamento de dívidas em detrimentos de outras prioridades”, finalizou.