Imprensa - 19 de janeiro de 2017 Setores de comércio e serviços não conseguirão suportar aumento nas despesas com reajuste das passagens de ônibus Sugestão de Pauta Impacto é de R$ 15 milhões nas despesas das empresas. CDL/BH solicita que prefeito revogue aumento Belo Horizonte, 19 de janeiro de 2017 – De acordo com um levantamento realizado pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), o último reajuste na tarifa dos ônibus municipais elevou os custos dos empresários com o transporte de funcionários em 15%. Com o reajuste, o aumento do gasto mensal das empresas dos setores de comércio e serviços da capital chega a R$ 15.122.274,44. O estudo levou em consideração o total de empresas dos setores do comércio e serviço em Belo Horizonte e o porte do negócio, calculado a partir da média de funcionários por empresa, para estimar as despesas com o transporte dos trabalhadores. As micro e pequenas empresas são as mais penalizadas pelo reajuste. “Juntas, suas despesas aumentaram R$ 11.609.146,64”, afirmou o vice-presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva. Porte do negócio Número de estabelecimentos comerciais em BH Impacto nas empresas do comércio e serviço (R$) Micro 55.507 5.341.577,38 Pequena 9.935 6.267.569,26 Média 1.040 1.656.909,80 Grande 868 1.856.218,00 TOTAL 67.350 15.122.274,44 FONTE: RAIS/CAGED – Elaborado por CDL/BH Segundo o vice-presidente da CDL/BH, o aumento é extremamente prejudicial às empresas e, além disso, vem em um momento difícil para o setor produtivo. “O reajuste afeta diretamente a saúde financeira das empresas instaladas nesta capital, visto que elas arcam com cerca de 70% do custo com transporte dos trabalhadores e os setores de comércio e serviços da capital já vêm registrando sucessivas baixas nas vendas”, afirmou. Solicitação – Na intenção de reduzir os impactos negativos do reajuste de 9,46% na tarifa do transporte coletivo da capital, a CDL/BH enviou um ofício ao prefeito Alexandre Kalil solicitando que o aumento seja revogado, até que a nova equipe do governo possa auditar e avaliar os contratos e planilhas do sistema de transporte coletivo, conforme compromisso firmado no Plano de Governo do atual governante. “Os segmentos de comércio e serviços formam o setor produtivo que mais emprega e dinamiza o desenvolvimento econômico da capital, respondendo por mais de 75% do Produto Interno Bruto (PIB) de Belo Horizonte. Estamos entoando o coro, legítimo, da população. Afinal o aumento das passagens prejudica tanto o empresário, quanto o cidadão”, explicou Silva. “Além disso, com o reajuste, Belo Horizonte passa a ter a tarifa de ônibus mais cara entre todas as capitais brasileiras, título que vai contra o objetivo de estimular o uso de transporte coletivo”, acrescentou.