Imprensa - 12 de abril de 2016 Setores de drogarias, perfumes e cosméticos continuam apresentando crescimento Sugestão de Pauta Belo Horizonte, 12 de abril de 2016 – Apesar da maioria dos setores do varejo da capital vir registrando queda nas vendas, o segmento de drogarias, perfumes e cosméticos continua no sentido oposto da desaceleração do consumo. De acordo com o Termômetro de vendas da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), o setor cresceu 0,39%, no acumulado deste ano. Segundo o presidente da CDL/BH, Bruno Falci, o motivo para o segmento continuar registrando o bom desempenho de 2015, onde fechou com alta de 9,2%, é que a venda destes produtos está diretamente ligada à elevação da autoestima do belo-horizontino. “Em períodos de instabilidade econômica o consumidor tende a adquirir produtos que transmitam uma sensação de bem estar”, explica. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior (Fev.16/Fev.15), o segmento de drogarias, perfumes e cosméticos também apresentou crescimento de 0,33%. Quando comparado com o mês imediatamente anterior (Fev.16/Jan.16), o desempenho também foi positivo (0,18%). Segundo o presidente da CDL/BH, outro fator que colabora com o crescimento das vendas do segmento é o baixo custo unitário dos cosméticos, que na maioria das vezes dispensa o uso do crédito. (Confira no gráfico acima) Desempenho – No acumulado do ano (Jan.Fev.16/Jan.Fev.15), as vendas do comércio da capital caíram 1,72%. Para Falci, essa queda é reflexo do cenário econômico, sobretudo, ao aumento da inflação. “Com o encarecimento do custo de vida, a renda disponível das famílias para o consumo está ficando menor, pois seus orçamentos ficam comprometidos com as despesas básicas do mês”, disse. “Nesse cenário, os consumidores adotam uma postura mais cautelosa na hora de ir às compras, evitando a aquisição de bens de segunda necessidade”, completa. Os segmentos que registaram queda nesta base de comparação foram: veículos novos e usados – peças (-3,96%); máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (-2,84%); tecidos, vestuário, armarinhos e calçados (-1,85%); ferragens, material elétrico e de construção (-0,86%); artigos diversos que incluem acessórios em couro, brinquedos, óticas, caça, pesca, material esportivo, material fotográfico, computadores e periféricos e artefatos de borracha (-0,66%); supermercados e produtos alimentícios (-0,27%) e Papelarias e Livrarias (-0,07%). Fevereiro – Quando comparado com o mesmo mês do ano anterior (Fev.16-Fev.15), as vendas do varejo da capital registraram queda de 1,08%. “Na comparação com 2015, o consumidor vive hoje um cenário econômico mais instável. Temos juros maiores, maior pressão inflacionária e piora dos indicadores de emprego. São fatores que acabam abalando a confiança do belo-horizontino e inibindo o consumo no varejo capital”, explica o presidente da CDL/BH. Nesta base de comparação, os setores que apresentaram crescimento, além de drogarias, perfumes e cosméticos (aumento de 0,33%), foram o de supermercados e produtos alimentícios (+0,53%) e artigos diversos (+0,23%). Apresentaram queda: veículos novos e usados – peças (-2,67%); tecidos, vestuário, armarinho e calçados (-1,67%); máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (-0,57%); Papelarias e Livrarias (-0,42%) e ferragens, material elétrico e de construção (-0,07%). Na comparação com o mês imediatamente (Fev.16-Jan.16), as vendas do comércio varejista da capital caíram 3,35%. Segundo Falci, a queda é reflexo de uma série de fatores como o aumento da taxa de desocupação, a pressão inflacionária e o comprometimento da renda dos consumidores com as despesas de início do ano. “Além disso, fevereiro tem um menor número de dias úteis, devido ao feriado de Carnaval”, finaliza. A queda no volume de vendas em fevereiro é um reflexo do aumento da taxa de desocupação (Fev.16 era de 7,2% e Jan.16 6,9%, segundo o IBGE) do maior comprometimento da renda dos consumidores devido aos compromissos de início de ano e às pressões inflacionárias que ocasiona uma queda da renda real dos consumidores. Há de se considerar também que em fevereiro contou com menor número de dias úteis devido ao Carnaval. Nesta base de comparação, apresentou aumento de 0,27% nas vendas o segmento de artigos diversos (setor de drogarias, perfumes e cosméticos cresceu 0,18%). Os setores que registraram queda foram: tecidos, vestuário, armarinho e calçados (-4,76%); veículos novos e usados – peças (-1,58%); supermercados e produtos alimentícios (-1,38%); ferragens, material elétrico e de construção (-1,35%); Papelarias e Livrarias (-0,78%) e máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (-0,55%). Ano Mês imediatamente anterior Mês ano anterior Acumulado ano 2008 -4,20% 18,90% 7,60% 2009 -3,50% 8,70% 5,60% 2010 -6,20% -0,90% 1,80% 2011 -3,40% 8,90% 4,10% 2012 -1,90% 4,70% 5,90% 2013 -0,11% 2,99% 3,53% 2014 -2,14% 2,73% 9,41% 2015 -6,73% -4,67% -1,04% 2016 -3,35% -1,08% -1,72%