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Varejo da capital mineira cresceu acima das médias nacional e estadual em maio

Sugestão de Pauta

Pesquisa da CDL/BH mostra que avanço foi impulsionado por superávit de empregos em Minas Gerais. Segmentos que mais se destacaram foram supermercados, papelarias, vestuário e drogarias

O comércio varejista da capital registrou crescimento de 2,6% no mês de maio em comparação a abril. Neste período, a capital mineira ficou acima das médias nacional e estadual que registraram, respectivamente, 0,1% e 2,1% . A pesquisa ‘Termômetro de Vendas’, da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), revelou ainda que esse avanço foi impulsionado, especialmente, pelas vendas em torno do Dia das Mães. 

Os segmentos que apresentaram melhores desempenhos foram: Supermercados (6,48%), Papelarias e Livrarias (3,88%), Material Elétrico e de Construção (3,47%), Vestuário e Calçados (2,71%) e Drogarias e Cosméticos (2,19%). O segmento de Informática cresceu 1,86%. Na contramão, estão Veículos e Peças, com queda de 1% e Artigos Diversos que incluem brinquedos, óticas, caça, pesca, material esportivo, bicicletas e instrumentos musicais, com retração de -0,12%. 

“A melhoria dos índices de vendas no comércio varejista é reflexo do superávit de empregos no estado. O setor de serviços vem sendo o principal gerador de empregos e, mesmo em um ambiente inflacionário, o aumento de postos de trabalho e da renda em circulação trazem efeitos diretos e expansivos para o comércio”, analisa o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva. 

Quando analisado o desempenho do varejo no acumulado do ano (Janeiro-Maio.2022 / Janeiro-Maio.2021), nota-se um crescimento de 2,7%. Essa taxa demonstra a constância no crescimento e certa estabilidade no comércio da cidade. Neste recorte, os segmentos que mais avançaram foram de Drogarias e Cosméticos (5,44%), Supermercados (4,4%), Veículos e Peças (4,23%), Papelarias e Livrarias (4,13%), Vestuário e Calçados (3,73%) e Informática (1,67%). Já os que recuaram foram Eletrodomésticos e Móveis (-4,61%) e Artigos Diversos (-1,88%). 

Crescimento anual tímido

Na comparação de maio de 2022 com o mesmo período de 2021, o crescimento identificado foi de 1,59%, a menor taxa para o ano, até o momento. “A inflação constante este ano afetou o volume de vendas em relação a maio de 2021. Belo Horizonte registrou inflação de 10,58% no acumulado dos doze meses, o que afetou diretamente o poder de compra das famílias”, explica Souza e Silva. 

Neste período de análise, os segmentos que se destacaram e operaram acima do patamar de vendas pré-pandemia foram Supermercados (8,81%), Papelarias e Livrarias (3,35%) e Drogarias e Cosméticos (2,53%). As outras atividades apresentaram leve retração no desempenho de vendas.

A análise dos últimos doze meses (Jun. 21 – Mai.22)/(Jun. 20 – Mai. 21) aponta um crescimento de 1,36%. Os destaques são para os segmentos de Vestuário e Calçados (6,58%), Drogarias e Cosméticos (6,08%), Papelaria e Livrarias (5,29%), Veículos e Peças (2,71%) e Artigos Diversos (1,44%). Os segmentos que registraram crescimento discreto foram Supermercados (0,72%) e Informática (0,17%). Os que retraíram foram Eletrodomésticos e Móveis (-6,09%) e Material Elétrico e de Construção (-0,22%). 

Boa expectativa para os próximos meses

O Termômetro de Vendas indica que os setores com boa perspectiva de crescimento nos próximos meses são Vestuário e Calçados, Veículos e Peças e Drogarias e Cosméticos. Os comerciantes de bairro podem aproveitar as expectativas positivas para alavancarem as vendas, pois, segundo a pesquisa “Impactos da Mobilidade Urbana no Varejo”, conduzida pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Sebrae, mostra que o comércio perto de casa é preferência de 77% dos brasileiros. 

Entre aqueles que disseram preferir fazer compras perto de casa, 20% afirmam que a escolha se deve ao conforto e à comodidade. Outros 20% apontam a agilidade e a facilidade como principal motivo de escolha.

Acessibilidade e localização foram apontadas por 17%. Em seguida, aparecem o costume e o conhecimento do local (15%); o preço (9%); e a possibilidade de evitar trânsito (8%), entre outros motivos. 

Lojas de rua são o tipo de estabelecimento mais frequentado

Além do local, os entrevistados responderam sobre o tipo de estabelecimento onde mais realizam compras. As lojas de rua foram o tipo mais citado (57%), sobretudo entre as classes C, D e E (59%). Os shopping centers aparecem em seguida, mencionados por 15% — nesse caso, com um percentual mais destacado entre as classes A e B (30%). A internet foi lembrada por 10%, ante 3% da pesquisa anterior. Mercados e Supermercados foram mencionados por 7% dos entrevistados.

“Embora ainda existam muitos desafios no cenário econômico, como a alta inflacionária e a pressão do câmbio internacional, o comércio de Belo Horizonte vem registrando um crescimento constante, o que traz boas expectativas para o segundo semestre, especialmente por conta das datas comemorativas e também pelos saques do FGTS e pagamento do 13º salário”, finaliza o presidente da CDL/BH.