Imprensa - 13 de junho de 2018 Varejo da capital registra crescimento de 2,32% em abril Sugestão de Pauta O comércio de Belo Horizonte alcançou em abril mais um resultado positivo. Na variação anual (Abr.18/Abr.17), as vendas tiveram crescimento de 2,32%, o que representa a primeira alta nesta base de comparação desde 2013. A melhora dos indicadores econômicos, como redução da inflação (IPCA acumulado Jan-Abr.18 em 0,92%/Jan-Abr.17 em 1,10% / últimos 12 meses em 2,76% – IBGE), da taxa de juros (Abr.18 em 6,5% e Abr.17 em 11,25% BACEN), da taxa de desemprego (1º tri.18 em 13,9%/1º tri.17 em 14,5% – IBGE) e o crescimento do rendimento real (1º trim.18 – R$3.049,00 e 1º trim.17 – R$2.825,00 – IBGE), aumentaram o poder de compras dos consumidores. Para o vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marcelo de Souza e Silva, essa melhora impactou positivamente nas vendas. “Os percentuais de crescimento ainda são modestos, mas demonstram que as pessoas estão conseguindo destinar uma parte dos seus recursos para o consumo, o que não vinha acontecendo nos anos anteriores, devido ao cenário econômico adverso vivido no País”, esclarece Silva. Nesta base de comparação, todos os setores apresentaram crescimento nas vendas. O que teve melhor desempenho foi o de supermercados (+6,63%). Os demais tiveram os seguintes resultados: veículos e peças (+4,13%); material elétrico e de construção (+3,34%); artigos diversos que incluem acessórios em couro; brinquedos; óticas; caça; pesca; material esportivo; material fotográfico; computadores e periféricos e artefatos de borracha (+3,12%); Papelarias e Livrarias (+2,42%); móveis e eletrodomésticos (+1,34%); vestuários e calçados (+0,64%) e drogarias e cosméticos (+0,08%). Na variação mensal, vendas caem. Porém, o percentual é o menor já registrado desde 2015 Em abril, na comparação com o mês imediatamente anterior (Abr.18/Mar.18), as vendas do varejo apresentaram queda de 0,87%. Este resultado deve-se ao fato de março ser uma base forte de comparação, por ter contado com as vendas da Páscoa e com liquidações/promoções, principalmente do setor de vestuário para mudança de coleção. O leve aumento da inflação do período de 0,13 pontos percentuais (IPCA Abr.18 em 0,22% e Mar.18 em 0,09% – IBGE) e a alta da inadimplência de 2,69% também são fatores que influenciaram a queda das vendas. “A recuperação da economia e do consumo segue em ritmo lento e sujeita a oscilações, que impactam diretamente no resultado das vendas”, esclarece o vice-presidente da CDL/BH. “Mas, nesta base de comparação, essa foi a menor queda desde 2015”, completa. Na comparação mensal (Abr.18/Mar.18), apenas o segmento de supermercados teve crescimento (+0,37%), os demais apresentaram decréscimo nas vendas. Eles tiveram os seguintes resultados: vestuário e calçados (-2,77%); papelaria e livrarias (-2,44%); veículos e peças (-1,96%); material elétrico e construção (-1,52%); móveis e eletrodomésticos (-0,9%); artigos diversos (-0,17%); drogarias e cosméticos (-0,12%). Varejo registra alta nas vendas nos primeiros quatro meses deste ano As vendas no acumulado do ano (Jan.18-Abr.18/Jan.17-Abr.17) registraram alta de 2,78%. Este é o primeiro crescimento nesta base de comparação desde 2015 e mostra que o ambiente econômico mais favorável, devido ao decréscimo na taxa de desocupação, da inflação, da taxa básica de juros e aumento dos rendimentos têm proporcionado a elevação do consumo das famílias. “A expansão do crédito e o avanço da renda impactaram positivamente o varejo da capital nos primeiros quatro meses do ano”, comenta Silva. Todos os setores apresentaram resultado positivo no acumulado do ano (Jan.18-Abr.18/ Jan.17-Abr.17): supermercados (+4,49%); artigos diversos (+3,95%); veículos e peças (+3,08%); material elétrico e construção (+2,9%); móveis e eletrodomésticos (+2,26%); papelaria e livrarias (+1,6%); drogarias e cosméticos (+1,55%) e vestuário e calçados (+1,38%). Vendas sobem nos últimos dozes meses Nos últimos doze meses (Mai.17-Abr.18)/(Mai.16-Abr.17), o varejo apresentou crescimento de 1,67%. O último resultado positivo nesta base de comparação tinha sido registrado em 2014. “O varejo traz sinais de melhora em relação aos últimos anos, saindo de uma posição de decréscimo. Essa recuperação reflete a melhora do cenário macroeconômico e crescimento da economia, que mesmo em percentuais ainda baixos, já geram um impacto positivo no orçamento das famílias”, explica o vice-presidente da CDL/BH. A maioria dos setores teve crescimento nessa base de comparação, sendo que apenas o segmento de artigos diversos teve queda de 0,67%. Os demais se comportaram da seguinte maneira: vestuário e calçados (+5,45%); veículos e peças (+5,01%); material elétrico e construção (+4,07%); papelaria e livrarias (+2,97%); drogarias e cosméticos (+2,3%); móveis e eletrodomésticos (+2,2%) e supermercados (+0,19%).