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Varejo já sente os sinais da recuperação econômica

Sugestão de Pauta

O resultado positivo de alguns indicadores econômicos, como a queda da inflação e da taxa de juros, o decréscimo do desemprego no 2º trimestre de 2017 e a desaceleração na queda da renda real estão contribuindo com o desempenho do comércio varejista. Prova disto é que as vendas registraram alta de 2,23% em setembro, comparando-se com o mesmo mês do ano anterior (Set.17/Set.16). Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Bruno Falci, “a inflação e os juros estão em queda, o que impacta de forma positiva na renda das famílias. E com mais recursos disponíveis, as pessoas voltam a consumir”, esclarece.

Todos os setores apresentaram crescimento, na mesma base de comparação (Set.17/Set.16). São eles: veículos e peças (+2,73%); artigos diversos que incluem acessórios em couro; brinquedos; óticas; caça; pesca; material esportivo; material fotográfico; computadores e periféricos e artefatos  de  borracha (+2,60%); vestuário e calçados (+2,53%); móveis e eletrodomésticos (+2,38%), Papelarias e Livrarias (+1,68%), drogarias e cosméticos (+1,55%), supermercados (+1,38%) e material elétrico e de construção (+0,73%). 

Injeção do 13º salário dos aposentados contribuiu para o aumento das vendas

O índice real de vendas apresentou crescimento de 0,43%, na comparação com o mês imediatamente anterior (Set.17/Ago.17). O resultado é explicado pela constante redução da inflação (Set.17 0,16% / Ago.17 0,19% – de acordo com IBGE) e a redução do desemprego de 1,3 pontos percentuais de um trimestre para outro (2º tri.17 13,2% / 1º tri.17 14,5 % – segundo o IBGE). “Além disso, houve a entrada de capital extra na economia via 13º salário dos aposentados, o que contribuiu para o comportamento positivo dos consumidores e impulsionou as vendas de setembro”, analisa o presidente da CDL/BH.

Nesta base de comparação (Set.17/Ago.17), o setor de supermercados (+5,33%) se destacou pelo bom desempenho nas vendas. O resultado dos demais setores foi: artigos diversos (+2,91%), vestuário e calçados (+2,06%), veículos e peças (+1,32%), material elétrico e de construção (+1,17%), drogarias e cosméticos (+1,10%), Papelarias e Livrarias (+0,52%). O único setor que apresentou queda nas vendas foi o de móveis e eletrodomésticos (-0,06%).

Vendas ainda estão em queda no acumulado do ano, mas em percentual menor

No acumulado do ano (Jan.17-Set.17/Jan.16-Set.16), as vendas apresentaram decréscimo de 0,12%. De acordo com Falci, mesmo com o resultado negativo, é possível observar uma desaceleração no ritmo da queda nessa base de comparação. “A taxa de desemprego e de juros em diminuição, aliados, a melhora dos indicadores de inflação possibilitou a desaceleração da queda”, explica.

Os setores de drogarias e cosméticos (+2,86%) e de vestuário e calçados (+1,03%) foram os que se destacaram no aumento de vendas no acumulado do ano. Os demais setores ficaram assim: veículos e peças (+0,29%), Papelarias e Livrarias (+0,14%), supermercados (+0,10%), artigos diversos (+0,01%). Os que apresentaram queda foram: móveis e eletrodomésticos (-0,56%) e material elétrico e de construção
(-0,14%).

Nos últimos doze meses (Out.16-Set.17/Out.15-Set.16), o varejo acumulou queda de 0,54% nas vendas. Apesar da leve queda, este resultado tem relação com a liberação das contas inativas do FGTS. Além da melhora dos indicadores macroeconômicos (inflação e juros), apresentando queda e do PIB apontando crescimento (0,60% em 2017 e 2,10% em 2018 – Banco Central).