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Vendas do comércio da capital crescem 1,71% em julho

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Em julho o comércio de Belo Horizonte registrou aumento de 1,71% nas vendas na variação anual (Jul.18/Jul.17). Esse resultado é o maior já registrado desde 2013 nesta base de comparação, e reflete a melhora de alguns indicadores macroeconômicos, como o da taxa de juros (Jul.18 em 6,5%/Jul.17 em 9,25% – BC). Também contribuiu para a melhora das vendas do comércio o crescimento dos rendimentos reais (2º tri.18 em R$ 3,082/2º tri.17 em R$ 2.849 – IBGE). Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Bruno Falci, a recuperação da economia ainda está em ritmo lento, mas o cenário é menos adverso que nos anos anteriores. “Já temos uma situação melhor, com juros mais baixos, aumento da renda e desaceleração do desemprego, o que permite que as pessoas voltem a consumir, mas ainda de forma moderada”, comenta Falci.

Nesta base de comparação (Jul.18/Jul.17), todos os setores apresentaram crescimento nas vendas, com destaque para o segmento de veículos e peças, que teve a maior alta (+6,5%). Os demais tiveram os seguintes desempenhos: supermercados (+2,91%); Papelarias e Livrarias (+2,6%), material elétrico e construção (+2,47%), drogarias e cosméticos (+1,92%); vestuários e calçados (+1,66%); móveis e eletrodomésticos (+1,54%) e artigos diversos que incluem acessórios em couro, brinquedos, óticas, caça, pesca, material esportivo, material fotográfico, computadores e periféricos e artefatos de borracha (+1,31%).

Já na variação mensal (Jul.18/Jun.18), o índice real de vendas apresentou um crescimento de 0,82%. Essa alta pode ser explicada pela queda da inflação no período de 0,93 pontos percentuais (IPCA Jul.18 em 0,33%/Jun.18 em 1,26% – IBGE). O pagamento da primeira parcela do 13º salário dos servidores públicos municipais também contribuiu para o resultado.

No acumulado do ano vendas crescem 2,73%

As vendas no acumulado do ano (Jan.18-Jul.18/Jan.17-Jul.17), registraram alta de 2,73%. Esse crescimento indica que o quadro econômico está mais favorável que nos últimos três anos, apesar de ainda apresentar instabilidade devido às incertezas políticas. “Mesmo que ainda seja em percentuais baixos, cada resultado positivo é comemorado pelo comércio. Estamos conseguindo, aos poucos, retomar o ritmo de crescimento. Mas, sabemos que ainda falta um longo caminho para a recuperação das perdas dos últimos anos”, comenta o presidente da CDL/BH.

Porém, o ritmo de melhora da economia brasileira ainda é lento e abaixo do esperado. De acordo com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE/FGV), as projeções de consumo das famílias para o segundo semestre de 2018 poderá cair 0,5 pontos percentuais, passando de 2,7% para 2,2%, e o crescimento dos investimentos de 4,2% para 4% ao ano.

Nos últimos doze meses varejo acumula alta de 3,47% nas vendas

Nos os últimos 12 meses (Ago.17-Jul.18/Ago.16-Jul.17) o varejo da capital apresentou crescimento de 3,47%. Esse é o maior crescimento nesta base de comparação desde 2014. “O varejo vem apresentando sinais de melhora, após três anos consecutivos de queda. Mas é importante destacar que a evolução das vendas ainda tem sido menor do que esperávamos e que precisamos”, conclui o presidente da CDL/BH.

Todos os setores tiveram crescimento nessa base de comparação, se comportando da seguinte maneira: veículos e peças (+7,02%); drogarias e cosméticos (+4,89%); supermercados (+4,64%); vestuário e calçados (+4,41%); material elétrico e de construção (+4,29%); artigos diversos (+4,22%); móveis e eletrodomésticos (+4,01%) e Papelarias e Livrarias (+2,03%).