Imprensa - 4 de outubro de 2017 Vendas do comércio da capital mineira cresceram 2,93% Sugestão de Pauta Em agosto, as vendas no comércio de Belo Horizonte apresentaram crescimento. De acordo com o indicador de vendas da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), na comparação com o mês imediatamente anterior (Ago.17/Jul.17), o desempenho do comércio registrou aumento de +2,93%. A comemoração do Dia dos Pais alavancou as vendas, o que tornou o mês de agosto uma base forte de comparação em relação a julho. O presidente da CDL/BH, Bruno Falci, comenta que esse crescimento é resultado da melhora de alguns indicadores, como a queda da inflação (Ago.17 ficou em 0,19% ante 0,24% em Jul.17 – IBGE) e redução do desemprego de 1,3 pontos percentuais de um trimestre para outro (2º tri.2017 = 13,2% /1º tri.2017 = 14,5% – IBGE) “A desaceleração da inflação, aliada à diminuição do desemprego no segundo trimestre de 2017, e a entrada de capital extra na economia via 13º salário dos aposentados criaram um ambiente favorável ao consumo. O que contribuiu para que as vendas em agosto avançassem”, explica. Na comparação mensal (Ago.17/Jul.17), os setores que tiveram melhor crescimento foram: supermercados (+3,88%); móveis e eletrodomésticos (+3,82%); vestuário e calçados (+2,88%); drogarias e cosméticos (+2,06%); artigos diversos, que incluem acessórios em couro; brinquedos; óticas; caça; pesca; material esportivo; material fotográfico; computadores e periféricos e artefatos de borracha, (+0,9%). Em queda, aparecem os segmentos de: veículos e peças (-0,15%); papelaria e livrarias (-0,33%); material elétrico e construção (-0,85%). Já na base de comparação anual (Ago.17/Ago.16), o índice real de vendas apresentou crescimento de +1,02%. “Este crescimento, apesar de ter sido em cima de uma base fraca de comparação (agosto de 2016), foi possível devido à redução da taxa de juros e do arrefecimento na queda da renda real, entre outros fatores”, comenta o presidente da CDL/BH. Na comparação anual, todos os setores apresentaram crescimento com exceção do setor de Papelarias e Livrarias, que teve queda de -0,51%. Vendas ainda estão em queda no acumulado do ano, mas com o menor percentual de redução dos últimos três anos No acumulado do ano (Jan.17-Ago.17) / (Jan.16-Ago.16), as vendas permanecem negativas (-0,43%), mas já registram índice mais baixo de queda, sendo este o menor decréscimo dos últimos três anos. A melhora do cenário econômico, mesmo que de forma moderada, está possibilitando um arrefecimento da queda nesta base de comparação. Porém, a população ainda está adiando sua decisão de compra. “As pessoas ainda estão receosas em realizar grandes compras, principalmente de bens de maior valor agregado e que demandam crédito, tendo em vista o temor do desemprego ou por já estarem desempregadas. Então, deixam de comprar para evitar dívidas que futuramente não possam pagar,” explica o presidente da CDL/BH. Os setores de drogarias e cosméticos (+3,14%) e vestuário e calçados (+1,02%) foram os únicos que apresentaram crescimento de vendas no acumulado do ano. Os demais tiveram queda. São eles: artigos diversos (-0,98%); móveis e eletrodomésticos (-0,94%); material elétrico e de construção (-0,25%); veículos e peças (-0,11%); supermercados (-0,10%); papelarias e livrarias (-0,04%). O resultado do varejo nos últimos doze meses (Set.16-Ago17/Set.15-Ago.16) segue os demais indicadores. Ainda não está positivo (–0,83%), mas vem diminuindo o recuo. O ano de 2016 foi marcado pela presença de juros, taxa de desemprego e de inflação elevados. No entanto, a economia interna começou a dar sinais de melhora com os indicadores macroeconômicos (Inflação e juros) apresentando decréscimos no início de 2017 e o PIB apontando crescimento (+0,60% em 2017 e 2,10% em 2018 de acordo com o Banco Central). Para o presidente da CDL/BH, a melhora destes indicadores possibilitou a retomada da confiança dos agentes econômicos, o que impacta positivamente no investimento produtivo. “O mercado, no geral, vem apresentando sinais de recuperação. O aumento do emprego e da renda em circulação começa a aquecer o consumo” afirma. “No entanto, deve-se ressaltar que o aumento nos impostos e a dificuldade do governo em aprovar as reformas da previdência e tributária podem levar a uma recuperação econômica mais lenta”, completa.