Imprensa - 13 de setembro de 2016 Vendas do varejo de BH acumulam queda de 1,67% Sugestão de Pauta A escalada da inflação ao longo do ano está pressionando o orçamento das famílias e corroendo o poder de compra dos consumidores. Prova disto é que as vendas do comércio varejista da capital caíram 1,67% no acumulado do ano, na comparação com o mesmo período de 2015. Apesar da queda, a retração é menor do que a observada no mesmo mês do ano anterior (-3,13%). Os dados são do Termômetro de vendas de julho da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH). (Gráfico 1) Para o presidente da CDL/BH, Bruno Falci, o desempenho do setor de comércio de Belo Horizonte está sendo prejudicado pela deterioração dos indicadores macroeconômicos. “O aumento da inflação e do desemprego afetam as finanças das famílias e geram um impacto psicológico negativo nos consumidores”, afirma. “Mas a nossa expectativa é que o setor comece a se recuperar, aos poucos, neste semestre, já que temos a entrada de recursos extras na economia – como a antecipação do 13º salário e a restituição do imposto de renda – e a chegada do Dia das Crianças”, completa. Neste período (Jan.16-Jul.16/Jan.15-Jul.15), os segmentos que apresentaram queda nas vendas foram: Papelarias e Livrarias (-2,6%); máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (-2,31%); tecidos, vestuário, armarinho e calçados (-1,56%); ferragens, material elétrico e de construção (-1,26%); supermercados e produtos alimentícios (-0,02%); e veículos novos e usados – peças (-0,02%). Apresentaram desempenho positivo os seguintes segmentos: drogarias, perfumes e cosméticos (+0,59%) e artigos diversos que incluem acessórios em couro, brinquedos, óticas, caça, pesca, material esportivo, material fotográfico, computadores e periféricos e artefatos de borracha (+0,84%). Comparativo com o ano anterior – As vendas do comércio da capital registraram queda de 2,61% em julho frente ao mesmo período de 2015. “Novamente observa-se o efeito corrosivo da desaceleração da atividade econômica sobre o consumo familiar”, disse o presidente da CDL/BH. “A renda dos consumidores está cada vez menor e, com isso, as pessoas ficam mais receosas na hora das compras”, completa. (Gráfico 2) Nesta base de comparação (Jul.16/Jul.15), os segmentos que apresentaram queda foram: Papelarias e Livrarias (-5,3%); veículos novos e usados – peças (-4,32%); máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (-3,02%); supermercados e produtos alimentícios (-2,32%); ferragens, material elétrico e de construção (-2,25%); tecidos, vestuário, armarinho e calçados (-1,43%) e artigos diversos (-0,44%). Apenas o segmento de drogarias, perfumes e cosméticos registrou alta nas vendas (+2,19%). Comparativo com o mês anterior – De acordo com o Termômetro de vendas da CDL/BH, o desempenho do comércio em julho também apresentou queda na comparação com junho (-1,46%). Para Falci, essa queda é resultado da taxa de juros em patamares elevados. “Com os juros altos o acesso do consumidor ao crédito fica mais difícil. E este fator acaba inviabilizando a aquisição de produtos de maior valor agregado”, finaliza. (Gráfico 3) Na comparação com o mesmo período do ano anterior (Jul.16/Jun.16), os segmentos que registraram queda foram: veículos novos e usados – peças (-6,0%); supermercados e produtos alimentícios (-1,93%); ferragens, material elétrico e de construção (-1,06%); tecidos, vestuário, armarinho e calçados (-0,65%); drogarias, perfumes e cosméticos (-0,12%); artigos diversos (-0,1%) e máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (-0,07%). O único setor que apresentou resultado positivo foi o de papelaria e livrarias (+1,29%). (Gráfico 4)