Imprensa - 24 de setembro de 2018 Vendas no Dia das Crianças devem injetar R$ 2,22 bilhões no comércio da capital mineira, aponta pesquisa da CDL/BH Sugestão de Pauta O Dia das Crianças é uma das datas comemorativas mais aguardadas pelo comércio de Belo Horizonte, que este ano deve ser aquecido com as vendas dos presentes. A estimativa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) é que R$ 2,22 bilhões sejam injetados no comércio da capital, em função da data e a expectativa de crescimento é de 1,83% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado. Esse percentual é levemente menor que o de 2017, que foi de 1,98%, e é reflexo da lenta retomada da economia e da indefinição do cenário político. “Neste mesmo período do ano passado a perspectiva era de que o ritmo da recuperação da atividade econômica seria mais robusto, porém isso não se concretizou. Além disso, a proximidade das eleições vem afetando a confiança dos setores produtivos”, explica o presidente da CDL/BH, Bruno Falci. Os empresários de Belo Horizonte também estão otimistas com a data. Segundo pesquisa realizada pela CDL/BH com 268 lojistas, no período de 22 de julho a 4 de setembro, a maior parte dos empresários (41,1%) acredita que as vendas irão aumentar no Dia das Crianças deste ano. Entre eles, a maioria (34,8%) acredita que o crescimento deve ser de 16% a 20%. Já 35,7% dos entrevistados esperam que as vendas sejam iguais as de 2017 e 23,2% consideram que o resultado deve ser pior. No ano passado, o percentual de lojistas pessimistas era menor, apenas 11,3%, porém fatores como o desemprego ainda elevado e o crescimento da inadimplência vêm abalando a confiança dos empresários e suas percepções em relação às vendas da data. Com a perspectiva de alta nas vendas, a maior parte dos empresários (58,4%) aumentou o volume do estoque para atender a demanda da data. As roupas e os brinquedos serão a preferência na hora de presentear, segundo os empresários O levantamento da CDL/BH apontou que as roupas (29,2%) e os brinquedos (27,7%) devem ser os itens mais procurados pelos consumidores na hora das compras para presentear. Segundo o presidente da CDL/BH, esses produtos têm uma boa procura devido à grande variedade de opções e preços. “São itens que se encaixam no orçamento do consumidor e que agradam bastante”, afirma. Em seguida estão: calçados (9,4%); jogos (7,4%); cestas/chocolates (5,9%); material esportivo (4%); bichos de pelúcia, almofadas; bicicletas (2%); eletrônicos (1,5%); móveis infantis (1,5%) e livros (0,5%). Em relação ao número de presentes, a maior parte dos empresários (97,6%) acredita que os consumidores irão comprar um produto. “Este resultado indica que os lojistas estão percebendo que os seus clientes ainda continuam receosos em efetuar grandes compras e contrair dívidas, limitando as compras a apenas um presente”, afirma Falci. Valor do tíquete médio previsto (R$ 106,25) cai em relação a 2017 Os empresários acreditam que os consumidores irão investir um valor menor este ano no presente do Dia das Crianças. A expectativa é que o tíquete médio das compras dos belo-horizontinos seja de R$ 106,25. Em 2017, o valor esperado era de R$ 149,23. “O processo de recuperação da economia não vem ocorrendo como o esperado, o ritmo ainda é lento e o número de pessoas desempregadas continua alto. Por isso, a expectativa é que o valor a ser desembolsado para compra dos presentes seja menor”, esclarece o presidente da CDL/BH. Mesmo com o tíquete médio acima dos R$ 100, a maioria dos empresários (39,3%) acredita que os consumidores irão desembolsar até R$ 50,00 para a compra dos presentes. Parcelado no cartão de crédito será a forma de pagamento mais utilizada Para a maioria dos empresários (57,1%), a forma de pagamento mais utilizada para as compras do Dia das Crianças será a parcelada, no cartão de crédito, em até três vezes. As demais formas de pagamento citadas pelos empresários foram: à vista no cartão de crédito (23,2%); cartão de débito (12,5%); dinheiro (5,24%) e parcelado no cartão da própria loja (1,8%). Divulgação dos produtos pelas redes sociais e decoração da loja estão entre as principais estratégias para alavancar as vendas Na opinião de 23,6% dos comerciantes, a divulgação dos produtos é a principal alternativa para alavancar as vendas no Dia das Crianças. E o principal meio utilizado para isso serão as redes sociais (Facebook e Instagram ). Para 43,7% dos lojistas, essa tem sido a forma mais eficiente para expor os itens e chegar até os consumidores. “Esses canais são os mais utilizados devido ao seu baixo custo de investimento e ao alto retorno junto aos consumidores”, comenta Falci. Em seguida aparece a decoração da loja (18,7%) como a melhor forma para atrair mais clientes. As demais estratégias citadas foram: atendimento qualificado (17%); promoções/ofertas/liquidações de produtos (13,5%); ainda vai planejar (9,2%); whatsapp (6,5%); distribuição de brindes (6%); flexibilidade/facilidade de pagamento (4%); oferta de produtos diferenciados (3,7%) e qualidade/mix de produtos (0,6%). Os que não vão apostar em nenhuma estratégia somam 3,7%. Além das redes sociais, algumas das outras formas de divulgação que os comerciantes pretendem utilizar são: cartazes/faixas na vitrine da loja (15,1%); ainda vai planejar (9,8%), não vai divulgar (8,9%);boca a boca (2,8%). Fatores que podem influenciar no momento da compra Na opinião dos comerciantes, entre as principais alternativas que podem ajudar a alavancar as vendas na data estão: liquidação/promoção/oferta de produtos (64,9%); atendimento qualificado (11,3%); aumento do emprego para os consumidores (7,1%); mudança de governo (4,8%); divulgação dos produtos (4,2%); quitação das dívidas/redução da inadimplência (2,4%); flexibilidade na forma de pagamento (1,2%) e queda da inflação (1,2%). Já 3,7% dos entrevistados não souberam responder. Em contrapartida, as opções que podem prejudicar as vendas, segundo os lojistas, são: desemprego (42,9%); falta de agilidade e cordialidade no atendimento (31%); crise financeira/econômica (14,3%); aumento do preço de produtos (5,4%); diminuição da renda dos trabalhadores (3%); aumento da inadimplência (1,8%) e concorrência com outros lojistas (1,8%). Metodologia – Foram entrevistados 268 empresários de Belo Horizonte, no período de 22 de julho a 4 de setembro de 2018.