Notícias - 9 de agosto de 2021 Empréstimos e benefício fiscal: quando valem à pena utilizar? Apoio ao Comércio Por Merula Borges* Agora é oficial: o Programa nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) – criado para socorrer as empresas durante a pandemia – foi aprovado em caráter permanente e agora se tornou lei. É mais uma possibilidade de tomada de crédito para os empreendedores. Só nos quatro primeiros meses de 2021, mais de um milhão e trezentas mil empresas foram abertas. A maioria é composta por Microempreendedores Individuais (MEIs). O Pronampe pode ser uma boa opção de tomada de crédito para estes pequenos empreendedores, mas será que empréstimo sempre vale à pena? Você realmente sabe quando é o momento de tomar crédito? E se sua empresa está preparada para isso? É o que vou explicar a seguir! 1) Capital próprio x capital de terceirosO primeiro ponto é analisar internamente se vale a pena usar capital de terceiros no seu negócio. Quando analisamos a estrutura financeira de uma empresa, o capital do dono é uma espécie de dinheiro mais caro. Já quando o empreendedor faz um empréstimo, usa o dinheiro do banco, e este tipo de capital, o de terceiros, é mais barato que o próprio. Isso porque alguns impostos são cobrados após o desconto do pagamento dos empréstimos. Por isso, quando existem empréstimos a serem pagos, gera-se o que chamamos de benefício fiscal, uma forma legal de pagar menos imposto. Você pode se questionar: “ora, por que não pegar o máximo de empréstimos possível?” Porque a tomada de empréstimos também gera riscos. Quanto mais empréstimos a empresa tem, mais arriscada ela se torna, e o valor da empresa muda conforme ela se torna mais arriscada. Por isso, é preciso calcular o ponto de equilíbrio entre as vantagens e desvantagens da dívida para saber qual o valor ótimo na tomada de crédito. 2) Objetivos e metasOutra questão a ser analisada internamente é: qual efeito este empréstimo terá dentro do seu negócio e de que forma ele será aplicado? O empréstimo precisa ter uma utilidade clara. Vai comprar materiais para o estoque? Quando pretende ter o retorno? Analise se o retorno é suficiente e ainda vai gerar algum lucro. Vai expandir o negócio? Já calculou se esta expansão não vai aumentar a necessidade de capital de giro além do que consegue arcar? Algumas expansões aumentam as contas a receber, mas também a necessidade de capital de giro e as despesas. Veja se o orçamento da empresa comporta estas questões. Já tem empréstimo? Vale a pena trocar a dívida existente pela nova dívida? As condições de pagamento se adequam ao seu orçamento? 3) Hora de buscar créditoSe depois destas análises você chegou à conclusão de que um empréstimo realmente vai beneficiar sua empresa, é hora de buscar as melhores linhas de crédito no mercado. O Pronampe é o mais comentado no momento e é destinado a microempresas com receita bruta de até R$ 360 mil ou pequenas empresas com receita bruta de até R$ 4,8 milhões em 2020. Pode ser usado para capital de giro ou para investimentos, como a compra de máquinas e equipamentos. Micro e pequenas empresas também podem usar para despesas operacionais, como pagamento de salários, compra de matéria prima e mercadorias. No entanto, o Pronampe não é o único programa. Existem também linhas do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), de alguns bancos privados, de governos estaduais e o Fundo de Aval para as Micro e Pequenas Empresas (FAMPE). Este último conta o apoio do Sebrae na complementação de garantias para atender os requisitos da instituição financeira. A comparação de taxas, garantias e prazos também é essencial. Com relação às taxas, é preciso checar as taxas efetivas e custos da operação de crédito. Além disso, taxas menores podem significar maior exigência de garantias. Avalie se o motivo da menor taxa realmente é uma vantagem para o seu negócio. Pensar bem sobre aquilo que é adequado para as necessidades do negócio fará com que o resultado da tomada de crédito realmente seja positivo. Assim como em nossa vida pessoal, com a pessoa jurídica não é diferente: um empréstimo tomado de forma errada pode piorar a situação da empresa. E em caso de dúvidas, não hesite em procurar um especialista. Apesar de parecer um custo a mais, a contratação de alguém para ajudá-lo pode representar uma economia de tempo e dinheiro no futuro. *Merula Borges é coordenadora Financeira da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Publicações similares Apoio ao Comércio 10 de outubro de 2024 Última chance para motociclistas realizarem curso de pilotagem defensiva gratuitamente em 2024 Aulas serão realizadas até 30 de novembro e as vagas são limitadas. Na capacitação serão ensinadas … Apoio ao Comércio 10 de outubro de 2024 Última chance para motociclistas realizarem curso de pilotagem defensiva gratuitamente em 2024 Aulas serão realizadas até 30 de novembro e as vagas são limitadas. 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