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10 fatores que explicam o crescimento do PIB em 2017

Apoio ao Comércio


Elaboração: Economia e Pesquisa


Gerência de Comunicação e Marketing


O resultado do PIB mostra que a atividade econômica cresceu 1,0%.


Foi à primeira alta após 2 anos seguidos de retração.  Em valores correntes,


o valor do PIB em 2017 foi de R$ 6,6 trilhões. E a perspectiva para 2018 é


de recuperação com retomada do consumo e dos investimentos, com


crescimento próximo de 3%.


A economia interna começou a se recuperar em 2017, mas ainda não é o


suficiente para recuperar as perdas da atividade econômica nos dois anos


anteriores. Em 2016 e 2015, o PIB recuou 3,5% sobre o ano anterior.


A recuperação da economia foi alcançada com ajuda da supersafra de


grãos, da desaceleração da inflação em 2017 e da queda da taxa de juros.


Outros fatores, como a liberação dos saques das contas inativas do FGTS


e a alta no preço do petróleo e do minério de ferro também ajudaram.


Os 10 fatores que explicam o crescimento da economia em 2017:


 


1 – Supersafra


 


Favorecida pelo clima, a safra agrícola cresceu 29,5% na comparação com


2016, recorde de 240,6 milhões de toneladas. O PIB da agropecuária


cresceu 13% em 2017. Sozinho, o setor respondeu por cerca de 0,7% do


crescimento da economia no ano passado.


 


2 – Queda da inflação


 


A inflação oficial do Brasil fechou 2017 em 2,95%, menor patamar desde


1998 e pela primeira vez abaixo do piso da meta fixada pelo governo. A


redução dos preços dos alimentos foi o principal fator que segurou a


inflação.


Com a meteorologia a favor e safra recorde, os alimentos ficaram 1,87%


mais baratos em média no ano, segundo o IBGE. Se os itens relacionados


a alimentação no domicílio fossem retirados do cálculo do IPCA, a


variação acumulada em 12 meses teria ficado em 4,4%.


A desaceleração da inflação ajuda na recuperação da confiança, que no


momento seguinte acaba sendo convertida em maior consumo.


 


3 – Queda dos juros


 


Com a inflação em desaceleração, o Banco Central foi reduzindo a taxa de


juros básicos da economia para mínimas históricas. Em fevereiro, o


Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou o 11º corte consecutivo


na Selic, que caiu para 6,75% ao ano. a queda dos juros possibilitou a


redução do endividamento de empresas e famílias aquecendo a atividade


econômica.


 


4 – Saques das contas do FGTS


 


Para ajudar a reaquecer a economia, o governo federal anunciou, no ano


passado, medidas como a liberação de saques das contas inativas do


Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), e do PIS/Pasep para


idosos.


Somente os saques das contas do FGTS injetaram cerca de R$ 44 bilhões


na economia em 2017, beneficiando 25,9 milhões de trabalhadores.


Embora muitos tenham usado o dinheiro para quitar dívidas, o comércio


também conseguiu fisgar parte desse dinheiro extra, o que permitiu o


consumo das famílias voltar a crescer a partir do 2º trimestre, após 9


trimestres de queda.


 


5 – Aumento do consumo das famílias


 


O consumo das famílias cresceu 1,0% em 2017, após 2 anos seguidos de


queda. O comércio varejista, por exemplo, cresceu 2%, impulsionado


pelas vendas de móveis e eletrodomésticos, que voltaram a subir. Os


gastos das famílias têm o maior peso na composição do PIB.


A queda acentuada da inflação também proporcionou no ano passado


ganhos reais nos salários dos trabalhadores com carteira assinada.


Segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), 8 em cada


10 acordos salariais tiveram aumento acima da inflação no ano passado,


ante um percentual de 27% no ano anterior.


 


6 – Aumento da massa de rendimentos


 


Apesar do número ainda elevado de desempregados, a população


ocupada cresceu no ano passado. No entanto, a recuperação tem sido


sustentada pelo aumento do trabalho precários, mas o número de


brasileiros com algum tipo de remuneração cresceu, e isso contribuiu para


o aumento do consumo no país.


Segundo o IBGE, a massa salarial (soma da remuneração de toda a


população ocupada) cresceu 3,6% no acumulado em 1 ano, com um


acréscimo de mais R$ 6,6 bilhões no bolo de rendimentos somente no 4º


trimestre. O que determina o consumo não é a renda exclusivamente, e


sim o conjunto entre renda e emprego, que é a massa salarial. Então,


mesmo que a renda não cresça, se a população ocupada sobe, aumenta o


consumo.


 


7 – Melhora da confiança


 


Com a melhora do consumo e dos principais indicadores econômicos, a


confiança de empresários e consumidores voltou no ano passado para o


patamar considerado de otimismo.


 


8 – Retomada dos investimentos


 


Os investimentos encolheram 1,8% em 2017, mas a expansão no 2º


semestre aponta uma tendência de recuperação após 4 anos seguidos de


retração.


 


Entre os setores que conseguiram sair à frente na retomada dos


investimentos estão o automotivo e a indústria com foco na exportação.


Já o setor de infraestrutura continua pressionado pelo corte de gastos


públicos.


 


9 – Alta nos preços do petróleo e minério de ferro


 


Embora tenham peso relativamente pequeno no PIB, as exportações


também foram destaque no ano. A balança comercial brasileira encerrou


2017 com superávit de US$ 67 bilhões, o melhor resultado em 29 anos.


O saldo recorde foi puxado principalmente pelo aumento de 28,7% nas


exportações de commodities em 2017, como minério de ferro, petróleo e


produtos agrícolas, que representaram quase metade das exportações.


 


10 – Ambiente internacional favorável


 


O PIB brasileiro também contou com uma ajuda externa. Em 2017,


o ingresso de dólares na economia brasileira voltou a superar as


retiradas e o fluxo de capital de investidores estrangeiros continua


favorável. Somente na Bolsa, as compras de ações por investidores


estrangeiros superaram as vendas em R$ 14,6 bilhões em 2017.


 


Fonte: G1 e Setor de Economia e Pesquisa CDL/BH


 


 


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