Notícias - 15 de março de 2017 5 truques que lojas usam para os clientes gastarem mais Apoio ao Comércio A vida não está nada fácil para quem tem um negócio no mundo do comércio. A desaceleração da economia vem prejudicando os resultados do setor, no acumulado de 2016, as vendas no varejo nacional enfrentaram um recuo de 6,2% em relação ao ano anterior e na capital mineira a queda na mesma base de comparação foi de 1,49%. Tendo em vista este cenário cabe ao empreendedor desenvolver uma nova estratégia de negociação de produtos e serviços para poder assim alavancar suas vendas. Segundo a arquiteta e designer Cris Paola, em entrevista a revista Exame, fazer uso de alguns de truques de incentivo ao consumo pode ser o diferencial. De acordo com ela, “o primeiro passo é saber quem é o seu público-alvo, antes mesmo de adquirir um ponto comercial e desenhar seu projeto de loja”. “Você só terá um bom negócio e gerar facilidade ao seu cliente se conhecer os hábitos dele, e a partir daí ver quais técnicas fazem sentido no seu ramo de atuação”. Os cinco truques, de acordo com a arquiteta, usados pelo comércio para fazer seus consumidores a gastarem mais: 1. Entre pela direita, saia pela esquerda. A maioria em todos os povos são pessoas destras e isto não é diferente no Brasil. E, se sua loja promover o movimento que um destro faria, eles se sentirão mais à vontade para olhar os produtos. O consumidor deve se sentir inconscientemente confortável em fazer o ciclo de entrada, localização de cada categoria de produtos, caixa e saída. A arquiteta recomenda, por exemplo, fazer a entrada de uma loja pelo lado esquerdo e a saída pelo lado direito da fachada. Isso porque o destro tende, naturalmente, a fazer uma circulação no sentido de esquerda para a direita. Os melhores produtos também podem ser colocados à direita da entrada, porque o olhar do consumidor costuma ser para esse lado primeiro. 2. Uma recepção relaxante Você já deve ter visto alguma loja tão abarrotada de produtos que, já na porta no estabelecimento, a claustrofobia toma conta com tantas prateleiras e araras. É por isso que o primeiro metro do seu negócio deve ser um espaço voltado para reduzir a velocidade do consumidor – ele costuma entrar na loja após passar por uma série de estímulos, como trânsito, calçadas barulhentas e distrações de lojas concorrentes. “Faça o que chamamos de ambientação de compras: acostume seu consumidor a deixar todas as informações do mundo exterior lá fora, e focar apenas nos seus produtos e serviços”, diz a arquiteta Paola. “A entrada da loja deve ser limpa e relaxante, com os produtos mais recuados. Se você deixar itens logo na porta, o cliente nem vai percebê-los, porque estava com a cabeça nos estímulos anteriores que recebeu.” 3. Experimentação: ambiente chamativo e produtos à mão Ao desenhar sua loja, não pense apenas em como vender produtos e serviços: pense em como criar uma experiência de consumo. “A loja deve fazer com que seu público-alvo sinta vontade de entrar”, explica Paola. Além da decoração do ambiente, um ponto importante para quem vende produtos é estimular o contato do cliente com eles por meio dos sentidos. Por exemplo: se você possui uma loja de brinquedos, invista em uma fachada colorida e faça prateleiras nas quais as crianças possam olhar e mexer nos produtos; é possível também oferecer balas e sucos. Já se você possui uma loja de cosméticos e perfumes, ofereça a possibilidade dos consumidores poderem experimentar. Tudo isso ajuda na venda. 4. A iluminação só destaca o essencial Investir em iluminação faz toda a diferença na hora fazer seus clientes gastarem mais ou menos nos seus produtos. “A iluminação faz o produto aparecer e demonstrar sua qualificação certa. Uma iluminação errada pode fazer o produto não ser vendido”, diz Paola. Um exemplo são as joalherias: é fundamental mostrar bem as joias para garantir as vendas de um produto de ticket médio tão alto. Há uma iluminação de cor específica: apenas jogar uma luz branca em toda a loja não valoriza as peças dispostas. O mesmo vale para vitrines: aposte em uma iluminação que valorize cada produto, e não em uma luz homogênea em todo o ambiente. Vendo sempre a mesma luz, o cliente pode passar direto por roupas de uma coleção nova ou pelo novo celular do momento, por exemplo. 5. Distribuição das peças ajuda a vender mais Pense em uma loja de roupas que possui peças femininas, masculinas e infantis, mas seu público-alvo são mesmo as mulheres. Onde ela deve colocar esses produtos? Se você respondeu no começo da loja, está enganado: os produtos mais interessantes devem estar visíveis, mas mais afastados da entrada. “Se você colocar logo na entrada, a consumidora irá olhar aquela arara e logo ir embora. Mas, se colocar no final do ciclo de compras, ela pode passar por outras peças e isso pode ativar outros desejos. A forma de dispor os produtos a serem vendidos pode fazer com que a pessoa consuma mais, desde que o empreendedor saiba exatamente quem é seu público”, explica Paola. Nesse caso, a cliente poderia tanto comprar presentes para outras pessoas quanto comprar mais peças para ela mesma. Fonte: Exame – Editado Publicações similares Apoio ao Comércio 10 de outubro de 2024 Última chance para motociclistas realizarem curso de pilotagem defensiva gratuitamente em 2024 Aulas serão realizadas até 30 de novembro e as vagas são limitadas. 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