Notícias - 18 de dezembro de 2018 Administração pública movia a economia de 55% dos municípios em 2016 Apoio ao Comércio Nesses 3.062 municípios, os salários e serviços gerados por prefeituras e órgãos públicos eram o principal motor da economia, à frente, por exemplo, de segmentos do comércio, de serviços e das diferentes indústrias. Os dados, relativos a 2016, fazem parte de levantamento feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Segundo o IBGE, existiam ainda 70 localidades nas quais a administração pública não só representava a principal atividade, como superava 70% de toda a economia local. O grupo era formado por municípios de menor porte, espalhados por apenas 10 estados do Norte e do Nordeste (Acre, Amazonas, Roraima, Amapá, Tocantins, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas). Essas cidades são menos diversificadas, com peso forte dos governos nas economias”, diz o gerente de contas regionais do IBGE, Frederico Cunha. No caso das cidades maiores, diz ele, para além do caso mais óbvio que é Brasília, sede do governo federal, há o Rio de Janeiro, que já foi a capital do país e que ainda abriga muitos órgãos federais que movimentam a economia local, como o Banco Central, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e o próprio IBGE. “O Rio de Janeiro tem muito da administração pública que fará falta se sair de lá”, diz Cunha. O retrato dos municípios brasileiros mostra ainda que a atividade produtiva seguia muito concentrada em 2016, com 25 municípios respondendo por 37,5% do PIB do Brasil. Apenas seis deles respondiam por 25% da economia brasileira: São Paulo (11%), Rio de Janeiro (5,3%), Brasília (3,8%), Belo Horizonte (1,4%), Curitiba (1,3%) e Osasco (1,2%). Este último saiu da 16a posição em 2002 para a sexta posição em 2016. Em 2002, início da série, a concentração era ainda maior, com os quatro primeiros municípios (São Paulo, Rio, Brasília e Belo Horizonte) respondendo por 25% da economia nacional. Segundo IBGE o sistema de proteção social deu força aos municípios menores, ainda que a economia da maior parte deles siga movida pelos recursos vindos da administração pública. Programas como o Bolsa Família ou benefícios como a aposentadoria rural também ajudaram a gerar renda nesses locais e a diversificar a economia, melhorando, ainda que marginalmente, a distribuição de riqueza. A continuidade da crise e a redução do tamanho de alguns programas sociais, no entanto, pode ter afetado esse quadro nos anos seguintes. Num ano de crise como foi 2016, em que o PIB (Produto Interno Bruto) de todas as unidades da federação registrou queda— com exceção de Roraima e do Distrito Federal—, as cidades com melhor desempenho econômico foram influenciadas pela agropecuária, em especial pelo cultivo de milho e soja em municípios do Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e também de São Paulo. A atividade financeira, beneficiada pelo diferencial de juros existente naquele ano, passou de 7,1% para 7,9% do PIB nacional, o que favoreceu especialmente municípios de São Paulo, como a capital e Osasco—o sexto município com atividade econômica mais pujante do Brasil e único que não correspondia a uma capital. Na outra ponta, os municípios que mais perderam participação no PIB geral foram os produtores de petróleo e gás, a maioria localizada no estado do Rio de Janeiro. Em 2016, a economia do município de São Paulo correspondia ao PIB dos 4.340 menores municípios brasileiros. A região que engloba São Paulo, Osasco, Campinas, Guarulhos, Barueri, São Bernardo do Campo, Paulínia, Sorocaba, Jundiaí e São José dos Campos equivalia à economia dos 4.892 menores municípios. No início da série, em 2002, o quadro era pior. O grupo correspondia a 5.070 municípios. A chamada Cidade-Região de São Paulo — que se estende desde Santos até Piracicaba, e desde Sorocaba até Pindamonhangaba – concentrava 26% do PIB do país em 2016, tendo perdido participação ao longo dos anos (era 28,2% em 2002). Em 2002, São Paulo e Rio somavam 19% do PIB do Brasil, fatia reduzida para 16,2% em 2016. Já a região Sudeste tinha 57,4% do PIB brasileiro em 2002, o que caiu para 53,2% em 2016. O Nordeste aumentou a participação no PIB nacional de 13,1% para 14,3% no período. Fonte: Folha de São Paulo Publicações similares Apoio ao Comércio 8 de outubro de 2024 Compras de última hora, busca por preço justo e ida às lojas físicas marcam Dia das Crianças em BH Segundo pesquisa da CDL/BH, a movimentação às vésperas da data promete ser grande no comércio da … Apoio ao Comércio 26 de março de 2024 APÓS 10 ANOS, VAREJO DE BELO HORIZONTE TEM O MELHOR MÊS DE JANEIRO Depois de uma década de recuo e períodos de crescimento tímido, setor reage positivamente às mudanças … Apoio ao Comércio 19 de março de 2024 INTENÇÕES DE VENDAS PARA A PÁSCOA DE 2024 Buscando entender a expectativa dos lojistas de Belo Horizonte em relação às vendas para a páscoa, … Apoio ao Comércio 14 de março de 2024 CONHEÇA O DEPARTAMENTO DE ASSISTÊNCIA AO CONSUMIDOR (DEACON) DA CDL/BH A CDL/BH em 1988, de forma pioneira, antecipando-se ao Código de Defesa do Consumidor e criou …