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Aprendizes do PET participam de Oficinas de Bordado e de Dobradura em Tecido

Atuação Social

Aproximadamente 585 aprendizes do Programa Educação e Trabalho (PET) participaram da Atividade Cultural composta por Oficinas de Bordado e de Dobradura em Tecido. As oficinas foram ministradas por doze voluntários da terceira idade participantes dos projetos “Minha Vida é um Bordado” e “Quem Conta, Encanta”, ambos desenvolvidos pelo SESC Minas. A atividade cultural foi realizada no dia 29 de novembro, no turno da manhã e da tarde, na Faculdade Pitágoras.
 
O objetivo da Atividade Cultural foi proporcionar aos jovens a aquisição de novos conhecimentos e o crescimento profissional, além de oferecer a eles a possibilidade de conquistar uma renda extra, ao colocarem em prática as novas habilidades adquiridas.
 
Além disso, o encontro entre gerações e a promoção da compreensão e do respeito mútuo são alguns dos objetivos desses projetos voltados para o voluntariado na terceira idade. Conforme explica a analista de projetos do SESC, Glaucia Santos, “esse tipo de atividade proporciona o resgate do trabalho artesanal a partir da atividade intergeracional, que é o encontro entre gerações e a troca de experiências. Isso é importante para promover a desmistificação da imagem do idoso, como uma pessoa sofrida e sem utilidade, perante o jovem. O encontro entre as gerações possibilita ainda a troca de experiências e de linguagens, além de favorecer o rompimento de barreiras dentro do lar”, explica a analista.
 
O aprendiz Marlon Cesar Gonçalves conta que a oficina o ajudou a se identificar com uma atividade realizada pela avó: “eu sempre via a minha avó fazendo bordado e hoje pude aprender um pouco mais sobre o que ela faz. Também gostei muito da forma como as voluntárias nos passaram as tarefas, elas são muito tranquilas e nos ensinaram tudo de forma bem paciente. Essa Atividade Cultural foi muito bacana!”, comenta o aluno do PET.
 
Para as voluntárias do projeto, a oportunidade de compartilhar conhecimentos com os jovens é algo gratificante, como dizem as voluntárias Nilma Gonçalves e Maria das Dores Oliveira. “O trabalho como voluntária é cansativo, mas nos traz um bem-estar pessoal. A gente se sente útil ao ensinar algo para as outras pessoas. É muito bom ver o interesse dos meninos e, depois, o sorriso no rosto deles, quando veem o resultado”, ressalta Nilma. A voluntária Maria das Dores concorda com a colega: “hoje, até me surpreendi, porque a maioria dos alunos demonstrou interesse em aprender o trabalho artesanal e eles pareciam estar gostando muito das oficinas oferecidas. Acho muito importante compartilhar nossos conhecimentos, é tanta coisa bonita que podemos ensinar e eu fico muito feliz por poder repassar o que eu aprendi nesse tempo de vida. O SESC me deu a oportunidade de contribuir com a vida de outras pessoas”, comenta.
 
 
Valorização do idoso
 
Atualmente, o grupo do projeto Minha Vida é um Bordado é composto por 36 idosos. “Após a aposentadoria, muitos idosos se sentem desvalorizados perante a família e a sociedade, e alguns, inclusive, desenvolvem até um processo de depressão. Diante dessa realidade social, o SESC criou esse projeto que tem como objetivo promover o resgate da autoestima, do sentimento de utilidade e de capacidade”, explica a analista Glaucia. 
 
A voluntária Maria da Conceição Xavier conta que “sempre comento com minhas amigas como o SESC tem melhorado minha qualidade de vida, elas não sabem o que estão perdendo. Eu vou ao SESC duas vezes por semana, faço aulas de fuxico, origami e desenho; até me descobri desenhista, era um talento que estava adormecido em mim”. E ela faz ainda uma confissão: “para ministrar essas oficinas para os jovens do PET, eu até pedi um ‘help’ a Deus. A adrenalina que senti hoje, nunca irei esquecer. Fico feliz porque, no final, deu tudo certo. Eu gosto muito de aprender coisas novas, mas também estou gostando muito de ensinar; compartilhar conhecimentos é algo que nos mantém vivos”, ressalta.
 
Para a aprendiz Dayane Barradas Pereira, “a atividade poderia e deveria acontecer mais vezes, pois foi uma forma diferente e divertida de aprendizado. Adorei as senhoras voluntárias e espero que elas voltem para nos ensinar mais coisas”.
 
 

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