Notícias - 31 de julho de 2014 Aumento da taxa de juros à pessoa física supera variação da SELIC Apoio ao Comércio Apesar da interrupção no ciclo de aumento da taxa básica de juros (SELIC) nas duas últimas reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central (COPOM), a taxa média de juros cobrada pelos bancos continua apresentando aumento. Em junho, a taxa média cobrada aos consumidores chegou a 43% ao ano segundo o BC, constituindo a sexta alta seguida e a maior desde março de 2011, o início da série histórica. Enquanto a taxa SELIC apresentou crescimento de 3,75 pontos percentuais entre abril de 2013 e maio deste ano (período do ciclo de aumento da taxa) ao passar de 7,25% para 11,0% ao ano, os juros cobrados pelas instituições bancárias às pessoas físicas apresentaram alta de 8,1% pontos percentuais no período, chegando a 42,5% ao ano em maio. As taxas para cheque especial e cartão de crédito sofrearam variações ainda maiores. A taxa para o cheque especial atingiu 171,5% ao ano no mês de junho, um aumento de 34,7 pontos percentuais em relação a abril de 2013 segundo o BC. Já os juros para o cartão de crédito não são divulgados pela instituição, mas a Associação Nacional dos Executivos de Finanças e Contabilidade (Anefac) estima que a taxa média nessa modalidade tenha atingido 238,67% ao ano no mês de junho. Já a taxa de captação (o custo dos bancos para obter recursos no mercado) apresentou variação de 3,0 pontos percentuais no período compreendido entre abril de 2013 e maio deste ano, sendo, portanto, menor que a variação de 3,75 pontos percentuais da taxa SELIC para o mesmo período. No mês de junho a taxa de captação ainda sofreu redução 0,3 ponto percentual, ao passar de 12% em maio para 11,7% no mês seguinte. Dessa forma, a diferença entre o que os bancos pagam pelos recursos e o que cobram dos clientes, o chamado spread bancário, também alcançou o maior valor da série histórica do BC em junho, chegando a 31,3 pontos percentuais em junho. Em abril de 2013, quando se iniciou o ciclo de aumento da SELIC, o spread era de 25,4 pontos percentuais. A atual conjuntura econômica gera uma postura austera das instituições bancárias, visto que, com o aumento da inflação e a incerteza sobre a continuidade do bom momento do mercado de trabalho, a possibilidade de inadimplência se eleva. Assim, medidas restritivas quanto à concessão de crédito são tomadas, como a elevação dos juros. Embora o Governo Federal tenha anunciado um pacote de medidas para os bancos com o objetivo de liberar mais recursos para empréstimos, o aumento das taxas de juros para as pessoas físicas impedirá um crescimento significativo do consumo. As medidas de incentivo criadas em 2012, como desoneração fiscal para veículos, móveis e eletrodomésticos e a própria redução da taxa SELIC à época criaram um cenário de grande expansão de financiamentos, comprometendo a renda familiar. As dívidas dos consumidores com instituições financeiras até junho somam o patamar recorde de R$ 1,324 trilhão, segundo BC. O aumento dos preços e dos juros configura um cenário propício ao surgimento de dificuldades financeiras para aqueles que não se planejam, gerando um risco de inadimplência. Por esta razão, é importante que os consumidores realizem o controle de seus gastos, atentando-se às taxas de juros ao adquirir empréstimos e financiamentos. Publicações similares Apoio ao Comércio 26 de março de 2024 APÓS 10 ANOS, VAREJO DE BELO HORIZONTE TEM O MELHOR MÊS DE JANEIRO Depois de uma década de recuo e períodos de crescimento tímido, setor reage positivamente às mudanças … Apoio ao Comércio 19 de março de 2024 INTENÇÕES DE VENDAS PARA A PÁSCOA DE 2024 Buscando entender a expectativa dos lojistas de Belo Horizonte em relação às vendas para a páscoa, … Apoio ao Comércio 14 de março de 2024 CONHEÇA O DEPARTAMENTO DE ASSISTÊNCIA AO CONSUMIDOR (DEACON) DA CDL/BH A CDL/BH em 1988, de forma pioneira, antecipando-se ao Código de Defesa do Consumidor e criou … Apoio ao Comércio 26 de janeiro de 2024 EMPRESÁRIO: VOCÊ SOFREU PREJUIZOS COM A CHUVA? SAIBA O QUE FAZER SE O SEU NEGÓCIO FOI ATINGIDO PELAS CHUVAS Após as enchentes, os empresários atingidos podem buscar apoio como: Registro de Ocorrência junto à Defesa …