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BLACK FRIDAY SEM DÍVIDAS

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Expectativa da CDL/BH é que a data movimente a economia da cidade, já que 74,8% dos belo-horizontinos pretendem ir às compras. Mas fugir do endividamento é fundamental para não perder o poder de compra, nem comprometer o orçamento do próximo ano

A 13° edição da Black Friday no Brasil será realizada no dia 24 de novembro. Em Belo Horizonte, comerciantes e consumidores se preparam para impulsionar as vendas e garantir produtos a preços consideravelmente mais baixos. Uma pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) mostrou que as pessoas estão dispostas a investir cerca de R$ 1,6 mil na data. Esse valor é explicado pelo tíquete médio de R$ 796,43 e a expectativa de que cada consumidor adquira, pelo menos, dois produtos.

“A Black Friday tem uma característica especial: os consumidores adquirem produtos para si ou para casa, e com maior valor agregado. A prova disso é que os itens mais buscados são eletrônicos, eletrodomésticos e vestuário”, explica o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.

O levantamento da CDL/BH mostrou que 74,8% dos belo-horizontinos entrevistados irão às compras na última sexta-feira de novembro. A disposição para investir é bastante positiva para a economia da cidade, afinal, espera-se uma movimentação de R$ 2,08 bilhões ao longo do mês em função da data. Entretanto, é preciso cautela para não gastar além do que o orçamento comporta.

“Tão importante quanto movimentar a economia com as compras, é garantir que o consumidor não volte para o cadastro de inadimplentes e não reduza seu poder de consumo. Por isso, é imprescindível que o consumidor se planeje financeiramente para aproveitar a data”, aconselha o presidente da CDL/BH.

A economista da CDL/BH, Ana Paula Bastos, destaca os pontos mais importantes para o consumidor aproveitar a Black Friday sem se endividar:

Consciência

De acordo com a economista, o primeiro passo é o consumidor conhecer sua real situação financeira, saber os recursos que entram, os que saem e o que sobra. “Com essa clareza é mais fácil definir as prioridades de compra, estabelecer limites de gastos e evitar compras por impulso que, inevitavelmente, geram gastos desnecessários e arrependimento”, explica.

Planejamento financeiro

Para se planejar financeiramente para a Black Friday, a economista da CDL/BH destaca que é preciso avaliar alguns pontos: registrar os gastos dos meses anteriores para entender quais serão as despesas dos meses seguintes. Também é importante incluir nesta listagem as despesas futuras como IPVA, material escolar, viagens de férias e compras de Natal.

“O ideal é que o consumidor tenha separado uma quantia exclusiva para a Black Friday e não prejudique as contas. O dinheiro investido na data deve estar no orçamento deste ano para quem vai pagar à vista. Para os que vão parcelar, é fundamental que o valor das parcelas não afete mais que 10% do rendimento mensal”, aconselha Ana Paula Bastos.

Lista de compras

Para evitar as compras por impulso, o ideal é que o consumidor faça uma lista dos produtos que pretende adquirir com a seguinte lógica: realmente precisa comprar, deseja comprar e, por fim, compras que o orçamento permite para aproveitar os descontos.

“Isso evita que o consumidor fuja das tentações e compre produtos que, além de não estar precisando, irão impactar negativamente seu orçamento”, destaca a economista.

Encontro de parcelas

Atenção às faturas do cartão de crédito é fundamental para evitar o endividamento pós Black Friday. Além de avaliar as despesas fixas, o consumidor também precisa considerar as parcelas que já existem no cartão. “As novas parcelas da Black Friday vão se encontrar com as anteriores e aumentar o valor final da fatura. Quem possui condições de arcar com esse crescimento, tudo bem. Mas, quem não consegue, deve repensar a compra e o planejamento financeiro”, alerta Ana Paula.

À vista ou parcelado

A escolha da forma de pagamento varia com a realidade financeira de cada consumidor. “Para os que têm o recurso disponível, o ideal é pagar à vista e não protelar um pagamento. Já aqueles que precisam parcelar, devem ficar atentos aos juros que incidirão e como eles afetarão o valor final do produto”, finaliza a economista. 

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