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CDL/BH aposta em inovação para fortalecer setor varejista da capital

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Nestes últimos 18 meses, com a pandemia da Covid-19, o desafio das entidades representativas do setor produtivo não tem sido pequeno: fortalecer as empresas, preservar empregos e ajudar a salvar vidas. Na capital de Minas Gerais, onde os setores de comércio e serviços respondem por 72% do Produto Interno Bruto (PIB) e geram 83,5% dos empregos na capital, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) tem realizados esforços compatíveis com o peso e o tamanho da responsabilidade, garante o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva. O resultado tem sido o reconhecimento do trabalho realizado na promoção do desenvolvimento econômico e social da quarta maior economia do Brasil.

“Realizamos várias ações e parcerias, durante a pandemia, que fortaleceram mais ainda a nossa presença no meio de comércio e serviço. Neste período, a CDL/BH viu aumentar o número de associados. O saldo positivo foi, em média, de 90 associados entrando por mês”, conta Marcelo de Souza e Silva em bate-papo com a equipe da Varejo SA.

Para dar conta do recado, a CDL/BH investiu em inovação, sobretudo na área comercial, com novos sistemas e modalidades de atuação e canais de comunicação com o associado. Realizou também parcerias estratégicas com outras instituições e o Poder Público para facilitar o acesso dos empreendedores belo-horizontinos a linhas de crédito mais baratas, meios para reduzir os custos e plataformas de vendas online.

Muitas das inciativas fazem partes das comemorações dos 61 anos da CDL/BH. É o caso do acordo com o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), que está oferecendo aos lojistas acesso facilitado às linhas de créditos; e com a Gyra Mais Tecnologia, que criou uma linha de empréstimo rápido e inteligente para os pequenos e médios negócios.

“Entre as ações recentes, fizemos ofícios no ano passado, já na pandemia, e agora também, pedindo ao presidente Bolsonaro para reeditar o Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte). Fizemos uma mobilização no Congresso, junto com a CNDL e todas as outas entidades ligadas ao Sistema. Aqui em Belo Horizonte, constituímos parceria com uma cooperativa de crédito com linhas de crédito diferenciadas e serviços mais baratos”, ressalta Souza e Silva.

Com a Cemig SIM – Soluções Inteligentes em Energia, os associados podem aproveitar um canal de divulgação e indicação de soluções tecnológicas de eficiência energética. Um dos objetivos é ajudar os comerciantes a reduzirem os valores da conta de energia de seus estabelecimentos.

“Buscamos parcerias para reduzir, principalmente, os custos. Neste sentido, fechamos parceria com a Cemig SIM, subsidiária da Cemig (companhia de energia elétrica), que disponibiliza energia fotovoltaica para os nossos associados, com redução de até 23% da conta. Isso está ajudando muito e tem gente economizando R$ 16 mil por ano na conta de energia. É um impacto muito positivo”, destaca o presidente da CDL/BH.

Marcelo de Souza e Silva é presidente da CDL/BH é desde 2019, mas está no movimento cedelista há 30 anos, no qual ingressou por meio da CDL Jovem, passando pela vice-presidência e sendo responsável pelo Relacionamento Institucional e Governamental (RIG) da entidade. Foi diretor da Junta Comercial e secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico. Atualmente, é conselheiro do Sebrae Minas e membro do Conselho de Administração do SPC Brasil.

Confira o bate-papo da equipe da Varejo SA com o presidente da CDL/BH, que fez uma retrospectiva das principais conquistas da entidade ao longo de seus 61 anos de história:

A CDL/BH completou em junho 61 anos de história, período pelo qual contribuiu com o desenvolvimento do comércio local e estadual. Qual a missão da entidade hoje?
Olha, desde a gestão do presidente Roberto Alfeu, por volta de 2002/ 2003, a nossa missão continua a mesma e cada vez mais forte: representar com excelência os setores de Comércio e Serviço, a fim de promover um ambiente favorável para os negócios e o desenvolvimento da sociedade. A CDL BH tem uma participação muito importante aqui em Belo Horizonte (BH). É uma entidade-referência do setor de Comércio e Serviço não só na cidade de BH, mas também no estado de Minas Gerais e no Brasil. Ações da CDL Belo Horizonte já puxaram muitas outras ações de vários outros estados.

A gente trabalha para agregar valor para os associados, principalmente, e nos negócios dos associados. E aí, temos este mundo externo, do qual as entidades participam muito, que é o mundo político. E a CDL/BH tem um papel muito importante, porque quando foi lançada a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, o Simples, participou ativamente. Eu representei a CDL/BH (neste processo), e cheguei a ir mais de 30 vezes a Brasília. Juntamente com a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e as demais federações (FCDLs), ajudei a escrever esta legislação. Tenho um relacionamento muito próximo com Bruno Quick, que é hoje diretor do Sebrae Nacional e, na época, era Gerente de Relações Institucionais. Então, a gente conseguiu mobilizar a classe política através do movimento das CDLs.

Sempre tivemos esta ideia e visão da participação em conjunto, não só na cidade e no estado, mas também no Brasil. E esta missão continua cada vez mais firme. A CDL BH participa de vários conselhos aqui em Minas Gerais e em Belo Horizonte, como o Conselho de Turismo, o Antidrogas e o de Políticas Urbanas, justamente por causa da missão: promover o ambiente de negócios favorável com desenvolvimento socioeconômico da sociedade. Queremos transformar Belo Horizonte no melhor lugar para se empreender e viver.

E o que é necessário para Belo Horizonte e até o país ter um excelente ambiente de negócio?
Ao longo desses anos, as pesquisas com os nossos associados sempre mostraram que há três pontos importantes e que são um anseio de melhoria: primeiro, a questão do crédito, como dou crédito com segurança e como busco o crédito que eu preciso. Para isso, temos o SPC Brasil, do qual a CDL/BH sempre participou ativamente e, inclusive, a marca SPC foi doada pela CDL para o Sistema. No começo do SPC Brasil, liderada pelo presidente Manuel Bernardes, a CDL/BH aportou um valor, cedeu profissionais e disponibilizou equipamentos. Tudo isso para reforçar o SPC, porque era um anseio dos associados. O SPC nasceu assim. O objetivo não era criar um gestor de banco de dados, mas atender à necessidade do associado de dar o crédito com qualidade para não deixar de receber aquela venda; e buscar o crédito. Hoje, temos duas cotas do SPC.

A outra questão é a segurança, uma questão muito forte principalmente para o lojista de rua. E quando você fala em segurança, fala-se deste ambiente (de negócios). Temos um problema muito sério em BH e que neste momento estou tratando com o Tribunal de Justiça e o Ministério Público, para fazermos uma ação em conjunto a fim de atender a pessoa em situação de rua. A rua não é local para ninguém morar. Hoje, há cerca de 11 mil moradores (de rua), número altíssimo que está impactando, principalmente, as micro e pequenas empresas que não tem condições de estar no shopping ou centro comercial, onde se tem uma segurança mais qualificada.

É lógico que segurança significa também termos parceria com as polícias Militar e Civil e o Corpo de Bombeiros – em relação ao licenciamento de empresas. Tudo isso para criarmos este ambiente para facilitar a vida também dos nossos associados.

A terceira questão é a educação. Temos parcerias com universidades e disponibilizamos cursos para qualificar o próprio dono da loja e também os seus colaboradores.

Então, temos várias parcerias sempre focando nestes três eixos, sem nunca deixar de discutir os outros aspectos. Por exemplo, buscamos parcerias para reduzir, principalmente, os custos. Neste sentido, fechamos parceria com a Cemig SIM, subsidiária da Cemig, que disponibiliza energia fotovoltaica para os associados da CDL com redução de até 23% do valor da conta. Isso está ajudando muito e tem gente economizando R$ 16 mil por ano de conta de energia. É um impacto muito positivo.

Lançamos o CDL Móvel, que reduz a conta de telefone celular das empresas. Temos uma parceria de longo prazo com a Unimed/BH, que é uma excelente prestadora de serviços na área de saúde, por meio da qual conseguimos reduzir de 15 a 20% o valor desses planos de saúde. O desconto vale para os sócios e os funcionários da empresa.

Fizemos uma parceria com a Gira Mais, uma linha de crédito voltada para quem tem restrições de crédito por causa da pandemia. Estamos estudando vários projetos de inovação em parceria com as fintechs, sempre buscando o crédito diferenciado.

Temos ainda consultorias gratuitas. Neste novo normal, as empresas precisam entender que é essencial tratar o consumidor de maneira diferenciada, e o consumidor quer o local no qual é tratado de maneira diferenciada, principalmente com a segurança sanitária. Por isso, lançamos no meio da pandemia o “É para já”, por meio do qual já atendemos a mais de 2mil associados, falando de gestão de empresa, layout de loja e relacionamento com o associado.

Enfim, são muitas as ações dentro desta nossa missão e visão de ter o ambiente de negócios favorável.

Por favor, conte-nos sobre algumas das ações que a entidade está realizando em razão de seu aniversário de 61 anos.
No ano passado, a CDL/BH fez uma campanha orientativa para todos os lojistas, não só os associados, falando que estava vindo uma novidade infelizmente negativa, que era o vírus, e que todos nós tínhamos que tomar muito cuidado. Então, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde, percorremos 30 centros comerciais em Belo Horizonte, e fizemos uma campanha antes mesmo de ser decretado estado de calamidade pela cidade, o Estado e o país.

Fizemos também, na televisão, uma campanha nacional em defesa dos juros zero, por meio da qual solicitamos aos bancos que naquele momento cobrassem juros zero. A ideia foi sensibilizar mesmo, e acho que conseguimos. A partir daquela campanha, houve uma movimentação muito grande dos governos e do sistema financeiro para buscar crédito de maneira diferenciada com juros baixos, carências maiores e condições de pagamento melhores.

Aqui em BH, fortalecemos o nosso Clube de Vantagem, no qual em parceria com o “É para já”, ensinamos os nossos associados a fazer vendas por meio digital, o que não é fácil. Até hoje, o pequeno tem dificuldade de fazer essa venda por meio digital, mas nós ensinamos gratuitamente. Além disso, foi disponibilizado também gratuitamente um portal onde poderiam colocar os seus produtos, e com isso potencializar a sua venda.

Todo ano a gente faz, e este ano estamos na 9ª Edição, a campanha Ande Seguro, por meio da qual focamos no motociclista, que é uma ferramenta de logística dos nossos produtos em vários setores do Comércio e Serviços. Estamos realizando mais de 20 paradas, de julho a setembro, em pontos diferentes de Belo Horizonte, para orientá-los sobre a moto e os equipamentos segurança. Colocamos gratuitamente aquelas anteninhas anti-cerol que as motos levam. É mais um projeto muito bacana e bem aceito por esses profissionais.

Na pandemia, junto com outras entidades, colocamos displays de álcool em gel nas estações da de ônibus; e túneis de desinfecção nas estações da rede MOVE (operadora de transporte público responsável pelas rotas de ônibus de Belo Horizonte e Região), por onde passam mais de 800 mil pessoas por dia.

E acreditando que a pandemia estaria acabando no final do ano (passado), lançamos o selo Loja Segura. Mais de 1.500 associados já tem este selo e se compromete a cumprir todas as regras sanitárias. Disponibilizamos também este selo para outras CDLs aqui em Minas.

Estas são algumas ações que realizamos aqui em Belo Horizonte e disponibilizamos não só para Minas, mas para as CDLs de Brasil todo.

Qual a importância do Sistema CNDL para o país?
É fundamental! Somos um sistema que não tem dinheiro público. O Sistema é forte pela nossa ação e pela nossa união. Hoje, estamos vivendo um excelente momento com o José César da Costa como presidente (da CNDL). Institucionalmente, a CNDL se fortaleceu, e consequentemente, fortalece as federações e as CDLs. O SPC Brasil também tem um modelo de atuação muito profissional. E tudo isso fortalece o sistema. A gente está em um excelente caminho e temos consciência de que trabalhamos para deixar um legado.

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