Notícias - 23 de novembro de 2015 CDL/BH recebe a visita do ex-ministro Paulo Paiva Apoio ao Comércio O atual momento econômico e social brasileiro foi tema de palestra na sede da CDL/BH nesta quinta-feira, 19 de novembro, ministrada pelo ex-ministro do Trabalho do governo Fernando Henrique Cardoso e professor da Fundação Dom Cabral, Paulo Paiva. A palestra foi ministrada durante reunião semanal do Conselho Consultivo da entidade. De acordo com Paiva, a atual crise econômica é menos complexa do que outras já vivenciadas no país. Não há crise cambial, como aconteceu nos anos 80, ou seja, não estamos com problemas para honrar nossos compromissos externos. Também não temos inflação galopante como antes, em que os preços pela manhã eram uns e à tarde já eram outros. Porém, estamos em um período de recessão profunda, com redução do crescimento econômico. Paiva destacou que de 1948 até os anos 80, tínhamos um crescimento econômico acima de 7% ao ano, e depois baixamos o patamar para 2,5%. Após o plano real, de 2004 a 2011, houve uma taxa média de crescimento de 4,5%, acompanhando a média mundial, mas a partir daí, devido a algumas decisões estratégicas tomadas pelo governo, deixamos de acompanhar esta escala, e nossa economia apresentou índices cada vez mais baixos, com previsão de fecharmos 2015 com queda de -0,2%. Mas esse crescimento apresentado até 2011 foi impulsionado pelo consumo e não por investimentos e infraestrutura para sustentá-lo, um erro de estratégia do governo, segundo Paiva. A estabilidade econômica, redução das taxas de juros, baixo volume de desemprego fizeram com que os brasileiros passassem a consumir mais. Porém, com o tempo, as famílias deixaram de comprar e os gastos públicos cresceram acima da receita, gerando a situação atual, com déficit fiscal e aumento da dívida pública, que deve chegar a 68% do PIB até o final deste ano. “Esse é o peso do governo que sufoca nossa economia”, disse. Segundo o professor estamos vivendo uma ‘staginflação’, que significa estagnação mais inflação crescente. “Estamos a cada trimestre crescendo menos que o anterior, por decisões estratégicas erradas. Baixamos a taxa de juros para 7,5% quando não tínhamos condições, reduzimos o valor da energia, controlamos derivados de petróleo. O impacto dessas decisões é maior que o da corrupção, pois elas corroeram a confiança dos investidores”, afirmou. Perspectivas – Paiva acredita que superaremos a crise política, econômica e ética vivida atualmente, mas pode demorar um pouco. Quanto à economia , os cenários possíveis são a retomada do crescimento no segundo semestre de 2016, ou apenas em 2018, dependendo das estratégias adotadas pelo governo. De qualquer forma, ele avalia que o crescimento será lento e baixo, pois mesmo que o governo volte com os investimentos e infraestrutura, essas medidas só teriam efeito a longo prazo. Por outro lado, ele elogia a atuação do Ministério Público no combate à corrupção, e que teremos como resultado uma sociedade mais responsável eticamente. Dálcia de Oliveira Comunicação e Marketing da CDL/BH Publicações similares Apoio ao Comércio 16 de abril de 2025 CDL/BH defende reforço na iluminação pública para segurança e fortalecimento do comércio Durante audiência pública na Câmara Municipal, entidade sugere medidas como instalação de novos pontos de luz … Apoio ao Comércio 25 de fevereiro de 2025 Comércio de BH fechou 2024 com crescimento de 2,04%, o maior dos últimos quatro anos Indicador Termômetro de Vendas, elaborado pela CDL/BH, apontou que o bom desempenho do mercado de trabalho … Apoio ao Comércio 24 de fevereiro de 2025 Carnaval de Belo Horizonte 2025: Tudo o que você precisa saber para curtir com segurança e responsabilidade O Carnaval de Belo Horizonte 2025 está chegando e, para garantir uma experiência segura e organizada … Apoio ao Comércio 20 de fevereiro de 2025 Belo-horizontinos pretendem investir R$ 170 em fantasias para o Carnaval Pesquisa da CDL/BH com consumidores da cidade revela que foliões estão dispostos a gastar cerca de …