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Cenário Econômico em 2013

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O ano de 2013 tem sido caracterizado, no âmbito da economia brasileira, por um aumento do nível de preços. Inicialmente influenciada pelo aumento dos preços dos alimentos por razões climáticas, a inflação oficial, medida pelo IPCA, tem apresentado dificuldades em se manter dentro da meta inflacionária do governo (4,5%, podendo variar 2 p.p. para cima ou para baixo). Em junho de 2013, por exemplo, o acumulado em 12 meses do IPCA alcançou o patamar de 6,70%, ultrapassando o limite superior da meta.


 


 Isso demonstra que as medidas de incentivo ao consumo tomadas em 2012, como expansão da oferta de crédito, redução do IPI para diversos setores (automóveis, linha branca, móveis, revestimentos, luminárias e materiais de construção) e redução da taxa básica de juros a patamares mínimos históricos tem contribuído para este aumento da inflação, considerando a combinação de demanda aquecida com uma oferta insuficiente, esta última influenciada pelo fraco desempenho do setor industrial em 2012 (queda de -2,7%). 


 


Apesar disso, o indicador de preços mensal se estabeleceu em 0,26% em junho, menor do que registrado no mês anterior (0,37%). A principal causa para esta redução foi a queda apresentada pelos grupos “alimentos” (de 0,31% em maio para 0,04% em junho), “remédios” (de 1,61% para zero) e “combustíveis” (de –0,75% para –1,67%). 


 


Espera-se que o ciclo de aumento da taxa de juros promovido ao longo de 2013 pressione os preços para baixo, fazendo com que a inflação oficial fique abaixo do limite superior da meta (segundo o último Boletim Focus, a projeção é de o IPCA termine o ano em 5,75%). Atualmente, a taxa SELIC encontra-se no patamar de 8,5% a.a., contudo, espera-se que o Banco Central continue com o ciclo de aumentos, de modo que a taxa básica de juros ultrapasse 9% a.a. (de acordo com a projeção do boletim Focus, pode chegar a 9,25% a.a.).


 


Com este aumento da inflação, o primeiro semestre de 2013 tem apresentado uma desaceleração do nível de consumo. Além disso, a inflação tem contribuído para um aumento da inadimplência, tendo em vista que, com o poder de compra reduzido, os consumidores se tornam mais propensos a se desorganizarem financeiramente, contribuindo para situações de endividamento e inadimplência (acumulado de registros SPC Brasil em junho: 6,15%).


 


Os níveis de emprego e renda também são fatores determinantes para o desempenho do nível de vendas e, por conseguinte, do consumo. Embora as taxas de desemprego tenham apresentado relativa estabilidade ao longo de 2013, o mês de junho contou com uma elevação frente ao mês anterior e também na comparação com junho de 2012 (jun.13: 6,0% / mai.13: 5,8% / jun.12: 5,9). Além disso, os rendimentos médios reais no âmbito nacional apresentaram queda de -0,2% na comparação mensal, mas em relação ao mesmo período do ano anterior, houve aumento de 0,8%.


 


Apesar da atual conjuntura, espera-se um incremento da demanda nos próximos meses em função das datas comemorativas do segundo semestre como Dia dos Pais, Dia das Crianças e Natal, que contribuem para um aumento do consumo. Para 2013, portanto, espera-se que o consumo familiar ainda apresente um papel relevante, o que, auxiliado por uma melhora de desempenho do setor industrial frente o ano anterior, faça com que o PIB do ano atinja uma variação por volta de 2,2% (expectativa Boletim Focus: 2,24%).


 


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