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Como a transformação dos meios de pagamento vai afetar seus negócios e sua vida

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Dos 800 milhões de usuários de internet na China, 90% acessam por celulares que respondem também por 36% dos pagamentos de transações no varejo.




Lá ocorreu o chamado efeito “leapfrogg”, ou o salto de uma tecnologia para outra muito mais avançada, queimando uma etapa do processo. A disseminação do uso do cartão para pagamentos no varejo foi “pulada” para a massificação do uso do celular com pagamentos móveis. Também na China já está sendo usado, experimentalmente, o pagamento por reconhecimento facial ou da íris.




Na Suécia, mais de quatro mil cidadãos concordaram em implantar um microchip para acessar serviços públicos, escritórios ou pagar compras com um aceno. Lá, os seis principais bancos se integraram para criar um aplicativo comum, o Swish, inicialmente dedicado para transferências bancárias e hoje também usado para pagamentos, evitando as taxas dos cartões de crédito.




Na Índia também houve o efeito leapfrogg, pois a telefonia saltou da baixíssima penetração de linhas fixas para a dominância do celular. São 500 milhões de usuários de internet dos quais 93% através de mobile. E o avanço dos pagamentos móveis na Índia também será disruptivo, acompanhando de algum forma o que acontece na China.

No mercado global, estima-se que os pagamentos móveis representem hoje perto de 35% do total de pagamentos, liderado por China e Índia. E estima-se que esse percentual chegará a 40% até 2021.




PayPal, My Own Bank, Visa, Mastercard, Apple, Amazon, Google, Samsung, Ali Pay e We Chat Pay sinalizam a dimensão da concorrência global nos sistemas de pagamentos móveis, sem dúvida, a mais iminente e disruptiva transformação nas plataformas de relacionamento com omniconsumidores.




Os exemplos que vêm da China, onde Ali Pay e We Chat Pay dominam 93% dos pagamentos móveis do país, integrando na mesma plataforma programas de relacionamento, fidelização, serviços financeiros, seguros, monitoramento de comportamento e seu uso em caráter preditivo, transformam de forma estrutural todo o mercado e, principalmente, o consumo e o varejo.




Historicamente, o varejo cresceu em seu protagonismo estratégico no mercado por sua proximidade, conhecimento e previsibilidade na análise dos omniconsumidores.




A tal ponto que a indústria fornecedora passou a operar o varejo com canais próprios e exclusivos, de lojas a venda direta e e-commerce, para poder chegar nos omniconsumidores de forma desintermediada e com absoluta atualidade. Coisa que no passado só o varejo conseguia.




E tudo isso tem transformado estruturalmente o mercado. A próxima e mais encarniçada disputa envolverá os meios de pagamentos digitais.




No modelo chinês são os Ecossistemas de Negócios, como Alibaba, Tencent e JD, entre outros, que dão as cartas e submetem varejistas e fornecedores aos seus desígnios. No mercado afluente ocidental, esse jogo ainda está sendo jogado envolvendo as bandeiras de cartões, as empresas de tecnologia, as plataformas de negócios e as empresas de telecomunicações.




No Brasil esse jogo mal começou.




Os bancos mais tradicionais que concentram mais de 80% da atividade financeira e detentores das maiores empresas de adquirência, temem viver seu momento Kodak, quando dominam a tecnologia, mas são cautelosos em implementá-la, matando as galinhas de ovos de ouro que traz resultados excepcionais de curto e médio prazo.




Os bancos periféricos, digitais e as fintechs querem usar esse caminho para aumentar participação de mercado.

Alguns poucos varejistas, mais alertas estrategicamente, anteveem a guerra que se aproxima e buscam se posicionar para não se tornarem meros distribuidores logísticos de produtos e serviços, perdendo rentabilidade e o protagonismo.




É inevitável que na transformação dos meios de pagamento integrados de forma ampla com os meta programas de relacionamento, estamos vivendo mais um capítulo, talvez o mais importante, do processo de desmonetização de mercado e reconfiguração da estrutura e dos papéis dos diferentes agentes nessa nova realidade.




Fonte: Mercado&Consumo

 

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