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COPOM eleva taxa básica de juros para 10,50% a.a.

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O Comitê de Politica Monetária (COPOM) do Banco Central elevou a taxa básica de juros (SELIC) em 0,50 p.p., atingindo assim o patamar de 10,50% a.a. O novo aumento na taxa de juros se baseia principalmente na dificuldade em conter o avanço no nível de preços, sobretudo após o resultado do IPCA para o mês de dezembro, que apresentou variação de 0,92%. Este percentual foi considerado acima do esperado pelo mercado e o crescimento também se mostrou maior em relação a dezembro de 2012, quando o IPCA cresceu 0,79%.


O aumento do nível de preços foi o principal responsável pelas sucessivas elevações na taxa SELIC promovidas pelo Banco Central ao longo de 2013. Com o resultado de dezembro, a inflação oficial, medida pelo IPCA, apresentou crescimento de 5,91% no ano, variação maior do que a ocorrida em 2012, quando se estabelecera em 5,84%. Para 2014 o mercado financeiro continua apostando em um aumento da inflação, o que, por conseguinte, implicará em novas elevações na taxa básica de juros. De acordo com o último boletim FOCUS do Banco Central, a expectativa para fechamento do IPCA em 2014 é de 6%, ou seja, ainda maior em comparação ao ano anterior. A taxa SELIC, por sua vez, encerraria o ano no patamar de 10,50%, mas alguns especialistas já admitem percentuais superiores a este para o fim do período.


Esta expectativa de maior crescimento da inflação em 2014 se baseia em alguns fatores. Ainda que 2013 tenha sido um ano caracterizado por um menor ritmo das vendas, o bom momento do mercado de trabalho, com taxas de desemprego em patamares estáveis e aumento do nível de renda real dos trabalhadores colabora para que a demanda interna continue aumentando, o que acaba gerando uma pressão no nível de preços. Além disso, há de considerar também o grande volume de gastos do setor público, que também exerce um impacto no aumento da inflação. Outro fator importante é o câmbio. Em 2013 observou-se sucessivos déficits no balanço de pagamentos em função do aumento das importações, prejudicando o crescimento da indústria e, consequentemente, da economia como um todo. Assim, podem ocorrer ao longo de 2014 desvalorizações no câmbio que impactariam no nível de preços, elevando a inflação e, consequentemente, impulsionando aumentos na taxa SELIC.


O aumento dos juros desestimula a demanda visto que encarece o crédito, portanto, a medida não é positiva ao comércio. Entretanto, o aumento da inflação também é prejudicial às vendas, visto que as despesas dos consumidores se tornam mais caras e muitos acabam reduzindo seu nível de consumo. No ano de 2013, por exemplo, o Termômetro de vendas da CDL-BH apresentou crescimento de 3,01% no acumulado de janeiro a novembro, enquanto no mesmo período do ano anterior o crescimento foi de 7,71%. Isso demonstra que o aumento da inflação impactou negativamente no crescimento do comércio ao longo de 2013, fazendo-se necessária a elevação na taxa de juros e contribuindo para o novo aumento desta última reunião.

 


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