Notícias - 17 de julho de 2014 COPOM mantém a taxa básica de juros em 11,0% a.a. Apoio ao Comércio O Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central optou mais uma vez pela manutenção da taxa SELIC em 11,0% a.a. O relatório FOCUS, boletim semanal do próprio BACEN que contém as expectativas do mercado, projeta que o atual patamar possa permanecer até o fim de 2014. A inflação oficial medida pelo índice de preços ao consumidor amplo (IPCA) do IBGE ultrapassou a meta de inflação estipulada pelo Governo Federal em junho, chagando a 6,52% no acumulado de doze meses. O centro da meta é de 4,5%, podendo variar dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Apesar do resultado, observa-se ao longo dos últimos meses uma tendência de crescimento mais moderado da inflação no que tange à variação mensal. Em março deste ano, por exemplo, o IPCA apresentou crescimento de 0,92%, a maior taxa para o mês desde 2003, quando o indicador atingiu 1,23%. O aumento dos preços dos alimentos exerceu um impacto significativo no índice, representando 51% da variação daquele mês. Todavia, nos meses subsequentes o crescimento se tornou mais moderado, com variações de 0,67%, 0,46% e 0,40% em abril, maio e junho, respectivamente. Houve um arrefecimento na variação dos preços de alimentos, que em junho chegou a apresentar queda de -0,11%, o menor percentual desde julho de 2013. Tendo em vista que as últimas elevações na taxa de juros tinham como principal objetivo conter o aumento dos preços, não há razão para um novo aumento neste momento em que o crescimento da inflação tem apresentado taxas menores. Além disso, novas elevações na taxa básica de juros poderiam penalizar ainda mais o comércio e a indústria, que têm seu desempenho de certa forma atrelado à variação da taxa. O aumento da SELIC reflete nas demais taxas de juros da economia, elevando o custo de se obter crédito. Para o comércio, isso representa um desestímulo ao consumo tornando mais elevado o custo de compras parceladas; já para a indústria há uma maior dificuldade em financiar o investimento em máquinas e equipamentos (a chamada Formação Bruta de Capital Fixo), prejudicando o aumento da produção. O ciclo de elevações na taxa SELIC iniciado em 2013 tem mostrado efeitos negativos em ambos os setores. O comércio apresenta um menor crescimento em relação ao ano anterior; em abril deste ano, o varejo ampliado (no qual estão incluídas as vendas do setor de veículos e de materiais de construção) apresentou variação de 0,60%, acumulando crescimento de 1,60% nos quatro primeiros meses do ano, segundo o IBGE. Já em abril de 2013 a variação havia sido de 1,9%, com crescimento de 5,1% no acumulado do ano. Ou seja, as vendas no comércio varejista apresentam um ritmo mais moderado em relação ao ano passado. Para a indústria a situação é pior: em maio, a produção industrial caiu -0,6% em relação a abril, e já acumula queda de -1,6% nos cinco primeiros meses do ano. Por si só, a produção de bens de capital (máquinas e equipamentos) apresentou queda de -5,8% ano acumulado em 2014. Já o emprego industrial recuou -0,7% em maio. Portanto, conclui-se que o menor crescimento da inflação nos últimos meses e o impacto negativo das elevações anteriores da taxa SELIC sobre o comércio e o setor industrial foram os principais fatores a impedir um novo aumento da taxa de juros na última reunião. No entanto, ressalta-se que a inflação continua em patamares maiores em relação ao ano passado (IPCA jun.14: 0,40% / jun.13: 0,26%, segundo IBGE), inclusive ultrapassando o limite da meta do governo em junho, descartando uma redução da taxa de juros nas próximas reuniões, visto que este tem sido o principal instrumento de controle dos preços, a partir do desestímulo à demanda. Dessa forma, a decisão de manter a taxa básica de juros da economia no atual patamar de 11,0% a.a. já era esperada. Publicações similares Apoio ao Comércio 10 de outubro de 2024 Última chance para motociclistas realizarem curso de pilotagem defensiva gratuitamente em 2024 Aulas serão realizadas até 30 de novembro e as vagas são limitadas. Na capacitação serão ensinadas … Apoio ao Comércio 10 de outubro de 2024 Última chance para motociclistas realizarem curso de pilotagem defensiva gratuitamente em 2024 Aulas serão realizadas até 30 de novembro e as vagas são limitadas. Na capacitação serão ensinadas … Apoio ao Comércio 10 de outubro de 2024 Comércio de BH poderá funcionar no próximo sábado, 12, feriado de Nossa Senhora Aparecida A Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte – CDL/BH informa que o comércio de Belo … Apoio ao Comércio 8 de outubro de 2024 Compras de última hora, busca por preço justo e ida às lojas físicas marcam Dia das Crianças em BH Segundo pesquisa da CDL/BH, a movimentação às vésperas da data promete ser grande no comércio da …