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DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES: BELO-HORIZONTINAS AINDA ENFRENTAM DESIGUALDADE SALARIAL, MAS SE DESTACAM NO EMPREENDEDORISMO

Notícias gerais

Mulheres recebem 33,3% a menos que os homens na capital mineira. Contudo, estão cada vez mais envolvidas com o empreendedorismo, sendo mais de 130 mil negócios liderados por figuras femininas

O Dia Internacional das Mulheres, celebrado nesta sexta-feira, 8, acende muitas discussões sobre as mais diversas situações vividas por elas em todo o mundo. Dentre os temas de maior destaque está a desigualdade salarial. Na capital mineira, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os homens ganham 33,3% a mais do que as mulheres. Enquanto eles recebem em média R$ 4.883, elas têm rendimento de R$ 3.663. Esse é um dos motivos que levam as mulheres a liderar, com certa frequência, o cadastro de inadimplência do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) na capital mineira. 

“Ao longo do último ano, as mulheres permaneceram, a maior parte do tempo, como as principais inadimplentes. Ainda que o valor devido por elas seja inferior ao dos homens, o volume de dívidas por CPF é maior, pois elas são as responsáveis pelas compras de manutenção da casa e têm uma renda menor”, explica o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marcelo de Souza e Silva. De acordo com o levantamento da entidade, em janeiro de 2024, o valor médio devido pelas mulheres era de R$ 4.905,92 e, pelos homens, R$ 5.288,44. 

No Brasil, nos últimos 10 anos, houve uma redução na diferença entre salários pagos às mulheres e aos homens. O índice que mede a paridade salarial passou de 72 em 2013 para 78,7, em 2023. A paridade de gênero é medida em uma escala de 0 a 100, sendo que quanto mais próximo de 100, maior a equidade entre mulheres e homens. Os dados são do relatório Mulheres no Mercado de Trabalho, realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) a partir de microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADc) do IBGE.

Empreendedorismo

Se em relação à saúde financeira as mulheres da capital mineira estão em situação delicada, enquanto empresárias se fortalecem cada vez mais. Segundo dados da Secretaria da Fazenda de Minas Gerais, em Belo Horizonte, 131.415 mulheres possuem CNPJ na categoria microempreendedor individual ativo. 

“As microempresárias se destacam em atividades como cabeleireiros, varejo de vestuário, alimentação e prestação de serviços. A atividade dessas mulheres movimenta a economia da cidade, gera renda e emprega outras mulheres”, destaca Souza e Silva.

Conquistas

Com significativa participação econômica e social, tanto na capital mineira, quanto no país, as mulheres empreendedoras obtiveram uma importante conquista junto ao recém criado Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, o fortalecimento do empreendedorismo feminino. Durante o processo de criação da nova pasta, a CDL/BH sugeriu inserir nas competências do novo Ministério a implementação de políticas para estimular as mulheres que lideram os negócios.

“É evidente o crescimento da presença feminina no mercado empreendedor. A diretriz proposta será importante para a modificação do quadro de desigualdade enfrentado pela mulher atualmente. É fundamental o apoio às mulheres no desenvolvimento de seus próprios negócios e de suas carreiras profissionais”, defendeu à época, Marcelo de Souza e  Silva.

Outra conquista em nível nacional, que também tem reflexos em Belo Horizonte, diz respeito à participação feminina em cargos de liderança.  Segundo o relatório Mulheres no Mercado de Trabalho, este índice passou de 35,7% em 2013 para 39,1% em 2023. Já a empregabilidade das mulheres apresentou evolução entre 2013 e 2023, passando de 62,6 para 66,6, respectivamente, um crescimento de 6,4%.  

Os microdados extraídos da PNADc  também indicam que as mulheres têm mais escolaridade que os homens: enquanto elas têm, em média, 12 anos de estudo, os homens têm 10,7 anos. O Censo da Educação Superior 2022, divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira  (Inep), mostra que, nesse ano, dos 803.622 concluintes do ensino superior no país, 484.869 eram mulheres, ou seja, 60%. 

“Todos os dados e estatísticas revelam o quanto as mulheres estão empenhadas em fazer dar certo. Porém, infelizmente, ainda encontram barreiras que as impedem de avançar, como dificuldade de acesso ao crédito e a descrença do mercado do investidor privado. É imprescindível que essas ações e pensamentos sejam mudados, pois, as mulheres têm capacidade técnica e humana para impulsionar a economia”, finaliza o presidente da CDL/BH. 

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