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Idosos e mulheres lideram a inadimplência em Minas

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Os consumidores mineiros com mais de 65 anos e as mulheres são os mais inadimplentes do Estado. Essa parcela da população vem sofrendo queda em suas receitas, e por isso estão encontrando mais dificuldades para pagar suas contas. Em setembro, o endividamento entre os idosos apresentou crescimento de 29,68%. “Essas pessoas, em sua maioria, são aposentadas e têm suas despesas elevadas com o os gastos relacionados a saúde, alimentação e medicamentos, o que favorece o aumento da inadimplência”, justifica o presidente do Conselho Estadual de SPC de Minas Gerais, Bruno Falci. “Além disso, muitos deles seguem sendo os responsáveis financeiros pelas famílias, tendo que arcar com todas as despesas domésticas, o que impede que destinem seus recursos para o pagamento dos débitos em atraso”, acrescenta. Já entre as mulheres, a alta foi de 3,48%, enquanto o aumento para os homens foi de 2,35%. A inadimplência do público feminino tem apresentado crescimento devido o desemprego entre elas ser mais elevado (Mulheres em 13,9% / Homens em 11% – 2º tri.18 – IBGE), e por terem um rendimento médio menor em relação aos homens (Mulheres em R$ 1.519 / Homens R$ 2.072 –  2º tri.18 – IBGE).  




Em setembro, na variação anual (Set.18/Set.17), número de consumidores inadimplentes do Estado avançou 4,32%. Esta alta é reflexo da elevação da inflação (Acumulado dos últimos 12 meses em 3,34%) que reduz a renda dos consumidores, e da taxa de desocupação, que mesmo em queda, permanece alta (2º tri.18 em 10,8%/2ºtri.17 em 12,2% – IBGE). “O enfraquecimento do ritmo de crescimento econômico contribui para manter o desemprego elevado, o que proporciona o avanço no quadro de inadimplência”, explica Falci.  “Além disso, o aumento da inflação impacta, diretamente, no custo de vida das famílias, diminuindo a renda disponível para o pagamento das dívidas” acrescenta. O parcelamento e o atraso do pagamento dos salários dos servidores públicos do Estado também vêm influenciado o aumento da inadimplência no Estado. Na variação mensal (Set.18/Ago.18), houve queda de 0,61% no número de pessoas inadimplentes.




Número de dívidas dos mineiros registra queda de 1,48%




De acordo com o Indicador de Dívidas em Atraso, em setembro, na comparação com o mesmo mês do ano anterior (Set.18/Set.17), houve redução de 1,48% no número de débitos vencidos. Na variação mensal (Set.18/Ago.18), a queda foi de 0,78%. Essas reduções estão atreladas ao decréscimo da taxa de juros e a entrada de renda extra na economia via PIS/Pasep e o pagamento da primeira parcela do 13º salário dos aposentados do INSS em agosto.




Na abertura por faixa etária, a maioria das dívidas registradas também se concentrou entre as pessoas com mais de 65 anos (24,7%).




Inadimplência e número de dívidas das empresas sobem em setembro, reflexo da lenta recuperação econômica do País




Em setembro deste ano, na variação anual (Set.18/Set.17), houve crescimento de 4,88% no número de pessoas jurídicas inadimplentes. “A atual situação econômica vem desafiando as empresas mineiras. Elas têm encontrado dificuldades para equilibrar o orçamento e por isso seguem acumulando contas em atraso”, explica Falci. “A recuperação da economia segue mais lenta do que o previsto, e não tem sido suficiente para recuperar as perdas dos últimos anos”, acrescenta o presidente. Na base de comparação mensal (Set.18/Ago.18), o endividamento das empresas cresceu 0,23%.




O segmento que detém a maior quantidade de empresas devedoras, registradas em setembro de 2018 em comparação com o mesmo período de 2017, é o setor de Serviços com 7,56%. Em Minas Gerais, no acumulado do ano (Jan.18 – Ago.18), o setor de serviços sofreu uma retração nas suas atividades na ordem de 0,8%, de acordo com dados do IBGE. “Com essa redução nas atividades a receita das empresas tem diminuído e, como consequência, sua capacidade de pagamento tem sido afetada”, justifica o presidente do Conselho Estadual de SPC de Minas Gerais.




O número de dívidas das empresas mineiras, na comparação anual (Set.18/Set.17), apresentou aumento de 1,47%. Deve-se destacar que embora o volume de débitos vencidos esteja apresentando crescimento, o indicador está menor (-1,53 pontos percentuais) em relação ao mesmo período de 2017. Já na variação mensal (Set.18/Ago.18), a quantidade de contas em atraso reduziu 0,08%.




Fonte: Câmara os dirigentes lojistas de Belo Horizonte- CDL/BH.

 


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