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Inflação oficial é a menor para fevereiro em 18 anos.

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, variou 0,32% em fevereiro, o resultado mais baixo para o mês desde o ano 2000, quando ficou em 0,13%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em janeiro, o índice subiu 0,29%.


Nos dois primeiros meses do ano, o IPCA acumula o menor percentual desde o começo do Plano Real, em 1994, com variação de 0,61%. Em 2017, o acumulado no 1º bimestre havia sido 0,71%, segundo o IBGE.


O acumulado dos últimos 12 meses ficou em 2,84%, a menor variação para o período desde 1999, quando a inflação ficou em 2,24%, segundo o IBGE. Em 2017, a inflação fechou em 2,95%, abaixo do piso da meta.


Educação sobe, alimentos caem


O grupo que mais subiu em fevereiro foi educação, com alta de 3,89%. Pelo peso de 59% no índice, esta categoria teve forte influência no IPCA, mas foi a variação mais baixa para o mês desde 2008, quando ficou em 3,47%. O impacto da educação foi de 0,19 pontos percentuais sobre o índice do mês de fevereiro, ou seja, praticamente a metade da inflação observada no mês.


Segundo o IBGE, a alta na educação reflete os reajustes praticados no início do ano, em especial os aumentos nas mensalidades dos cursos. Nesta categoria, os preços subiram 5,23%, o maior impacto sobre o índice no mês.


Embora tenha pressionado a inflação, os preços da educação subiram menos que nos anos anteriores. Em 10 anos, foi o menor índice para o grupo.


Segundo o IBGE, isto reflete uma mudança no comportamento das famílias. Existe, provavelmente, uma mudança do comportamento das famílias de retirarem seus filhos das escolas e migrarem para outras [da particular para a pública ou da particular para outra com preços mais baixos] e existe ainda uma negociação com as escolas de dar algum tipo de desconto.


O grupo dos transportes subiu 0,74%, com destaques para a alta nos preços do ônibus urbano (1,90%) e a gasolina (0,85%).


Já alimentação e bebidas caiu 0,33%, ajudando a segurar a alta da inflação. Foi a segunda queda seguida para o mês. Em 2017, a queda deste grupo foi ainda mais intensa, de 0,45%.


Desde o início do Plano Real, o grupo de alimentação e bebidas só havia caído no mês de fevereiro em três anos: 1995 (-0,06%), 2000 (-0,25%) e 2006 (-0,28%).


Veja a variação completa dos grupos em fevereiro:


  1. Alimentos e bebidas: -0,33%

  2. Habitação: 0,22%

  3. Artidos de residência: 0,03%

  4. Vestuário: 0,06%

  5. Transportes: 0,20%

  6. Saúde e cuidados pessoais: 0,05%

  7. Despesas pessoais: 0,03%

  8. Educação: 0,01%

  9. Comunicação: 0,00%


Veja as maiores quedas dos alimentos em fevereiro:


  1. Alho: -4,79%

  2. Cenoura: -3,88%

  3. Batata-inglesa: -3,57%

  4. Açúcar cristal: -3,56%

  5. Tomate: -3,29%


Fonte: G1 e Setor de Economia e Pesquisa CDL/BH


 


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