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Informalidade no mercado de trabalho cresce mais em estados de maior renda

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A informalidade no mercado de trabalho cresceu com mais força nos estados mais ricos entre 2016 e 2018.
 
Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Distrito Federal e Minas Gerais registraram alta do trabalho informal acima da média nacional, de 1,8% no período. Rio Grande do Norte e Sergipe, estados com renda menor, completam o grupo.
 
Entre os três estados que lideram as altas, a expansão do trabalho informal alcançou mais do que o dobro da média nacional, chegando a 4,7% (ES), 4,2% (SP) e 3,9% (RJ), segundo levantamento da consultoria Tendências.
 
No total, os seis estados de maior renda tinham 16,8 milhões de trabalhadores na informalidade  no ano passado ou 44,8% dos informais distribuídos por todo o Brasil.
 
Em 2018, o país tinha 37,5 milhões de trabalhadores na informalidade de um total de 91,8 milhões de ocupados.
 
Outro aspecto que vale ressaltar é que, embora a informalidade tenha piorado mais entre os estados com renda mais alta, os dados mostram que ela é um problema mais grave nos estados mais pobres do Norte e do Nordeste.
 
Todos os estados com nível de informalidade acima da média nacional pertencem às duas regiões. A exceção é o Espírito Santo.
 
No Brasil, 40,1% da população ocupada não pode contar com a carteira assinada ou um CNPJ. Esse percentual, porém, chega a 58,8% no Piauí e a 59,8% no Maranhão. O Pará é o estado com a situação mais grave: lá, 61,4% dos ocupados estão na informalidade.
 
Para o Ibre-FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas), os estados mais pobres têm população menos escolarizada e menos setores produtivos, de modo que nem a lucratividade nem o custo do trabalho permitem uma maior formalização da mão de obra, a economia está gerando apenas empregos informais.
 
Como a recuperação de empregos tem sido maior no Sudeste e no Sul, esses estados mais ricos acabam aumentando a informalidade. Já no Nordeste e no Norte, como o número de empregados não está variando tanto, essa composição muda menos.
 
A preocupação desde o início da crise econômica com a alta da informalidade foi foco do Sul e do Sudeste. Em estados do Norte e do Nordeste, a economia é estruturalmente informal. O Maranhão é um caso típico. Antes da crise, o estado tinha informalidade próxima de 62%, que caiu um pouco entre 2016 e 2018, mas não porque as vagas formais cresceram.
 
Na verdade, a recessão econômica teve efeitos tão severos que, no estado, a informalidade caiu num ritmo mais rápido do que a formalidade. É por isso, segundo  FGV, que especialistas chamam esses estados de economias (e não mercados) informais.
 
O estudo considera informais cinco perfis: o trabalhador do setor privado sem carteira (que exerce, por exemplo, atividade em um comércio); o conta-própria sem CNPJ (um ambulante ou vendedor de quentinha); o empregador sem CNPJ (dono de uma barraquinha de lanches); o doméstico sem carteira; e o trabalhador familiar auxiliar.
 
Entre os estados com maior informalidade, chama também a atenção o quanto a participação do setor privado na economia é inferior à da administração pública —algo que preocupa em um contexto de maior fragilidade fiscal e necessidade de ajustes. Além disso, indica o estudo, o percentual de trabalhadores no setor privado com carteira de trabalho é muito inferior ao dos estados mais ricos.
 
 Fonte: Folha de São Paulo
 
 

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