Notícias - 10 de agosto de 2012 Julgamento do Mensalão Apoio ao Comércio Um dos maiores escândalos da política brasileira dos últimos anos, que ficou conhecido como Mensalão, foi tema da reunião semanal da CDL/BH realizada nesta quinta-feira, 09 de agosto. Estiveram presentes o advogado criminalista e diretor da Faculdade de Direito da Puc Minas, Dr. Guilherme Colen, e o sócio do Escritório de Advocacia Colem e Peixoto, Dr. Marcelo Peixoto, que deram explicações técnicas e jurídicas sobre o julgamento dos 38 acusados. Para Peixoto, este é um julgamento histórico no Supremo Tribunal Federal. O processo já foi todo instruído, possui mais de 60 mil páginas e envolve cerca de 300 testemunhas, que já foram ouvidas. Agora, o processo encontra-se na fase final. O Ministério Público Federal apresentou uma acusação formal, e a defesa está sendo ouvida. Ao final desta etapa, acontecerá o julgamento. O advogado explicou que alguns crimes referentes ao Mensalão já prescreveram, como peculato, corrupção ativa e passiva, mas a maioria deles faz parte deste julgamento. Um fato destacado pelo Dr. Colen, é que a denúncia faz referência ao governo Lula, mas em momento algum o documento se refere ao próprio ex-presidente. Segundo o Ministério Público Federal, havia três núcleos no Mensalão, um político, liderado por José Dirceu e outros integrantes do Partido dos Trabalhadores (PT), um núcleo operacional, liderado pelo empresário Marcos Valério, e um grupo financeiro, liderado pelos dirigentes do Banco Rural. De acordo com o texto da denúncia, esses grupos se associaram para angariar lucros e o PT para pagar dívidas e financiar seus interesses políticos. “Veja o tom político da denúncia, de repente a ela passa a fazer referencia ao PSDB dizendo que o Marcos Valério é fruto de uma escola espúria, tendo aprendido com a eleição do ex-governador Azeredo. O Lula não é citado na denuncia e o Azeredo é citado 4 vezes”, disse. Para Colen, a acusação do processo se perdeu e as provas se resumem a depoimentos orais. Mas o grande perigo para os acusados é que o julgador pode, de acordo com sua conveniência política, decidir primeiro e depois buscar nos autos a sua fundamentação. Segundo Colen, a defesa não trouxe nenhuma tese para desconstituir a conduta como criminosa, a voz corrente é de que não há provas suficientes para uma condenação, partindo da impossibilidade da individualização da conduta dos acusados. “Hoje é melhor ter um bom relacionamento com o judiciário do que uma boa tese”, disse. Advocacia mineira em destaque Guilherme Colen destacou a atuação dos advogados mineiros no julgamento, como os professores Mauricio Campos, Hermes Guerreiro e Leonardo Isaac, a ministra Carmem Lúcia, e Marcelo Leonardo. “Estamos bem representados por esses profissionais, que deram uma visibilidade grande a advocacia criminal mineira”, disse. Publicações similares Apoio ao Comércio 8 de outubro de 2024 Compras de última hora, busca por preço justo e ida às lojas físicas marcam Dia das Crianças em BH Segundo pesquisa da CDL/BH, a movimentação às vésperas da data promete ser grande no comércio da … Apoio ao Comércio 26 de março de 2024 APÓS 10 ANOS, VAREJO DE BELO HORIZONTE TEM O MELHOR MÊS DE JANEIRO Depois de uma década de recuo e períodos de crescimento tímido, setor reage positivamente às mudanças … Apoio ao Comércio 19 de março de 2024 INTENÇÕES DE VENDAS PARA A PÁSCOA DE 2024 Buscando entender a expectativa dos lojistas de Belo Horizonte em relação às vendas para a páscoa, … Apoio ao Comércio 14 de março de 2024 CONHEÇA O DEPARTAMENTO DE ASSISTÊNCIA AO CONSUMIDOR (DEACON) DA CDL/BH A CDL/BH em 1988, de forma pioneira, antecipando-se ao Código de Defesa do Consumidor e criou …