Notícias - 17 de setembro de 2018 Psicologia econômica Apoio ao Comércio O que você prefere: ganhar R$ 900 ou 90% de chance de ganhar R$ 1.000? Se você escolheu a certeza de receber R$ 900, respondeu como a maioria das pessoas, apesar de ambas terem o mesmo valor esperado. Nossa capacidade limitada de processar informações e a dificuldade de identificar a melhor opção nos levam à utilização de atalhos mentais (heurísticas) que simplificam o processo de decisão. A ancoragem que é a tendência humana para aceitar e confiar no primeiro pedaço de informação recebida antes de tomar uma decisão, por exemplo, é uma heurística frequentemente observada. Como você responderia à seguinte pergunta: “O Ibovespa, principal índice do mercado de ações no Brasil, valorizou 26% em 2017. Quanto deve valorizar em 2018?”. A informação sobre o desempenho do ano anterior é irrelevante, a correlação entre o desempenho de um período e de outro é praticamente zero. No entanto, a maioria dos investidores usará essa referência para estabelecer sua estimativa. Um estudo interessante pesquisou se a forma de apresentar um problema (framing) influencia nossa escolha. Racionalmente, um mesmo problema, enunciado de duas maneiras distintas, não poderia produzir resultados diferentes. No entanto, não é isso que se observa. Um grupo de pessoas foi convidado a decidir sobre a implementação de um programa de saúde pública para combater uma doença epidêmica envolvendo 600 pessoas: 1) se o programa A for adotado, 200 pessoas serão salvas; 2) se o programa B for adotado, há 1/3 de probabilidade de que 600 pessoas sejam salvas e 2/3 de que ninguém se salve. Resultado: 72% dos participantes preferem o programa A. O mesmo problema foi enunciado de maneira diferente para outro grupo de pessoas: 1) se o programa C for adotado, 400 pessoas morrerão; 2) se o programa D for adotado, há 1/3 de probabilidade de que ninguém morra e 2/3 de probabilidade de que 600 pessoas morram. A maioria preferiu o programa D, e apenas 22% optaram pelo programa C. Quando o problema enuncia-se de forma a salvar vidas, as pessoas são conservadoras, preferem garantir vidas salvas a tomar riscos. Quando se fala em mortes, as pessoas são propensas ao risco, arriscam para tentar evitar as perdas de vidas. Qualquer semelhança com a maneira segundo a qual tomamos decisões de investimentos não é mera coincidência. As pessoas são, em geral, avessas ao risco, procurando obter um ganho certo, mesmo que o valor esperado da alternativa seja potencialmente superior. Esse viés comportamental é conhecido como “aversão ao risco”. O exemplo que acabamos de ver considera somente ganhos, e, curiosamente, quando as escolhas são perdas, o resultado é diferente. Você prefere 1) perder R$ 900 ou 2) 90% de chance de perder R$ 1.000, ou seja, 10% de chance de perder R$ 0? Em vez de escolher a perda certa da escolha 1, como no caso de ganhos, a maioria escolherá a aposta arriscada da opção 2. Esse comportamento ajuda a entender por que investidores em ações, por exemplo, resistem a vender posições com prejuízo. Escolhem manter o investimento na esperança de que o valor voltará ao preço original de compra. O nome desse viés é “aversão à perda”. Segundo Kahneman e Tversky, os investidores sentem muito mais a dor da perda do que o prazer de um ganho equivalente . Fonte: Folha de São Paulo – Marcia Dessen Publicações similares Apoio ao Comércio 10 de outubro de 2024 Última chance para motociclistas realizarem curso de pilotagem defensiva gratuitamente em 2024 Aulas serão realizadas até 30 de novembro e as vagas são limitadas. Na capacitação serão ensinadas … Apoio ao Comércio 10 de outubro de 2024 Última chance para motociclistas realizarem curso de pilotagem defensiva gratuitamente em 2024 Aulas serão realizadas até 30 de novembro e as vagas são limitadas. Na capacitação serão ensinadas … Apoio ao Comércio 10 de outubro de 2024 Comércio de BH poderá funcionar no próximo sábado, 12, feriado de Nossa Senhora Aparecida A Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte – CDL/BH informa que o comércio de Belo … Apoio ao Comércio 8 de outubro de 2024 Compras de última hora, busca por preço justo e ida às lojas físicas marcam Dia das Crianças em BH Segundo pesquisa da CDL/BH, a movimentação às vésperas da data promete ser grande no comércio da …