Notícias - 14 de março de 2019 Apenas 19% dos brasileiros pouparam em janeiro Apoio ao Comércio Chegar ao fim do mês com sobra de dinheiro ainda é algo para poucos. Nem mesmo o início de um novo ano, período em que muita gente se compromete a mudar velhos hábitos, foi capaz de encorajar o brasileiro a pensar no futuro.Dados apurados pelo Indicador de Reserva Financeira, da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), revelam que somente 19% dos consumidores conseguiram terminar o mês de janeiro guardando alguma quantia de dinheiro. A maioria (75%) encerrou o período sem fazer qualquer tipo de reserva financeira, enquanto 6% não souberam ou preferiram não responder. A dificuldade em poupar é ainda maior entre os brasileiros de menor renda. Nas classes C, D e E, apenas 15% conseguiram guardar ao menos parte de seus salários em janeiro, percentual que chegou a 32% entre os consumidores das classes A e B. Entre os brasileiros que não pouparam nenhum centavo em janeiro, 39% alegam ter uma renda muito baixa , o que torna inviável ter sobras no fim de cada mês. Outros 21% foram surpreendidos por algum imprevisto financeiro, enquanto 17% disseram não possuir fonte de renda. Há ainda 16% de consumidores que admitiram perder o controle dos gastos, e 10% que culpam a falta de disciplina para manter o hábito de guardar dinheiro. Outro dado do levantamento revela que mesmo entre aqueles que guardam dinheiro com frequência (35%), na maior parte dos casos, a reserva que juntam não é fruto de um planejamento. Em cada dez poupadores, seis (60%) apenas guardam o que sobra do mês, ao passo que 40% sempre estipulam mum valor a ser poupado. Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, é preciso superar a ideia de que uma reserva financeira deve ser feita a partir do que sobra do orçamento. “O ideal é definir um valor que possa ser guardado de forma fixa, como um compromisso a ser cumprido, mesmo que seja um valor baixo. Se o consumidor deixa para guardar apenas o que sobra após pagar todas as contas, ele pode ceder às compras por impulso. Uma boa solução para ajudar na disciplina é programar no banco uma transferência automática”, orienta a economista. 51% dos poupadores sacaram recursos em janeiro. Maioria resgatou dinheiro para lidar com imprevistos Proteger-se contra imprevistos foi o principal objetivo dos brasileiros que conseguiram guardar parte da renda no mês de janeiro. Mais da metade (51%) reservou um percentual de seus rendimentos para lidar com reparos em casa, do carro, eventual doença ou possibilidade de morte de alguém da família. Em seguida aparece a preocupação em garantir um futuro melhor para os familiares (42%). Apenas 15% pouparam pensando na aposentadoria e outros 15% citam a intenção de juntar dinheiro para abrir um negócio. Entre as aspirações de consumo, as mais citadas entre os poupadores são a conquista da casa própria (15%) e a aquisição de um automóvel ou carro (10%). Outro dado é que metade (51%) dos brasileiros que possuem reserva financeira teve de sacar parte de seus recursos guardados já no primeiro mês do ano. O destino dessa quantia foi, principalmente, para cobrir despesas com imprevistos, como doença e desemprego (14%). Há ainda 13% de pessoas que tiveram de usar esse dinheiro para pagar contas e 12% que saldaram dívidas atrasadas com o recurso. Para 7%, o objetivo do saque foi realizar uma compra. “Uma das finalidades da reserva financeira é a proteção contra imprevistos. Caso contrário, em momentos de aperto, o consumidor é obrigado a recorrer a empréstimos ou algum outro tipo de crédito, que pode cobrar juros elevados e dificultar ainda mais a situação financeira. Contar com uma reserva é a garantia de mais tranquilidade diante de contratempos”, analisa o educador financeiro do SPC Brasil e Meu Bolso Feliz, José Vignoli. 64% optam pela poupança na hora de investir. Minoria opta por modalidades mais como fundos (8%) e ações (4%) De modo geral, o levantamento mostra que o brasileiro tem um perfil conservador na hora guardar o dinheiro e opta por modalidades de fácil liquidez, ou seja, em que há praticidade na hora do resgate. Em janeiro, 64% dos que possuem reserva financeira disseram que costumam recorrer à tradicional caderneta de poupança. A segunda opção mais citada é guardar dinheiro na própria casa (23%), escolha arriscada do ponto de vista de segurança e desvantajosa financeiramente, uma vez que não gera rendimentos ao consumidor. Há ainda 13% que deixam o dinheiro parado na conta corrente. Outras alternativas mais rentáveis de investimentos, mas menos citadas pelos poupadores, são os fundos de investimento (8%), tesouro direto (8%), previdência privada (7%), ações na bolsa de valores (4%) e letras de crédito, como LCI e LCA (3%) e CDBs (3%). Em média, os poupadores guardaram R$ 558,38 em janeiro. Na avaliação do educador financeiro José Vignoli, a liderança da poupança como principal modalidade de investimento do brasileiro comprova que, mesmo entre os que possuem uma reserva financeira, há pouca familiaridade com aplicações mais rentáveis e adequadas para cada objetivo. “Existe um leque de opções mais vantajosas no mercado do que a poupança e que são adequadas para investimentos de curto prazo, como os CBDs e o Tesouro Direto, por exemplo. O grande desafio não é escolher um investimento que supere a poupança, pois existem vários neste sentido, mas saber optar pelo que melhor se encaixa com o perfil e os objetivos de vida de cada consumidor”, explica Vignoli. Publicações similares Apoio ao Comércio 10 de outubro de 2024 Última chance para motociclistas realizarem curso de pilotagem defensiva gratuitamente em 2024 Aulas serão realizadas até 30 de novembro e as vagas são limitadas. Na capacitação serão ensinadas … Apoio ao Comércio 10 de outubro de 2024 Última chance para motociclistas realizarem curso de pilotagem defensiva gratuitamente em 2024 Aulas serão realizadas até 30 de novembro e as vagas são limitadas. 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