Notícias - 5 de abril de 2017 Confiança da micro e pequena empresa cai 5,2% em março Apoio ao Comércio O Indicador de Confiança da Micro e Pequena Empresa atingiu 49,7 pontos no último mês de março, o que representa uma queda de 5,2% na passagem de fevereiro para março deste ano, segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Na comparação com o mesmo mês do ano passado, entretanto, houve uma alta de 15,3%. O indicador varia de zero a 100, sendo que quanto mais próximo de 100, mais otimistas estão os empresários. Na avaliação dos especialistas do SPC Brasil e da CNDL, a queda na comparação mensal não reverte o avanço do indicador observado ao longo do último ano, mas mostra que o processo de reestabelecimento da confiança será lento, devendo esbarrar em incertezas que rondam o cenário político e econômico. “A oscilação negativa da confiança mostra que a tímida melhora do cenário econômico, com a queda da inflação e dos juros, ainda não se reflete no dia a dia do empresário. Medidas como a liberação de recursos do FGTS e as reformas estruturais que estão na pauta podem consolidar a melhorara do ânimo dos agentes econômicos e isso é importante porque consumidores e empresários precisam ter boas perspectivas e identificar melhoras mais palpáveis no cotidiano”, explica o presidente da CNDL, Honório Pinheiro. O Indicador de Confiança é composto pelo Indicador de Condições Gerais e pelo Indicador de Expectativas. Por meio da avaliação das condições gerais, busca-se medir a percepção dos micro e pequenos varejistas e empresários de serviços sobre os últimos seis meses. Já através das expectativas, busca-se medir o que se espera para os próximos seis meses. Indicador que avalia situação atual cai 2,3% O Indicador de Condições Gerais, que avalia o retrospecto do micro e pequeno empresário sobre o desempenho de suas empresas e da economia nos últimos seis meses, caiu de 35,2 pontos para 34,4 pontos na escala, o que representa uma variação negativa de 2,3%. Como o índice segue abaixo do nível neutro de 50 pontos, significa que para a maioria dos micro e pequenos empresários a situação econômica do país e de suas empresas vem piorando com o passar do tempo. Na abertura do indicador, tanto a avaliação regressa de seus negócios quanto para a economia, apresentaram queda. No primeiro caso, passou de 38,2 pontos para 37,4 pontos na escala. Já para o desempenho recente da economia, a mudança regrediu de 32,2 pontos para 31,5 pontos. A maior parte (50%) dos empresários considera que a situação do seu negócio piorou nos últimos seis meses, ao passo que apenas 15% avaliam melhora dentro desse intervalo de tempo. Entre os empresários que passam por dificuldades, a maioria (66%) identificou a queda no volume de vendas como a razão da piora. Também foram mencionados o aumento dos preços de insumo, matérias primas e produtos (17%). Para 61% dos micro e pequenos empresários o cenário econômico se deteriorou nos últimos seis meses, contra apenas 10,0% que visualizaram melhora. A principal razão do pessimismo é a percepção da gravidade da crise (30%), seguido das incertezas políticas (26%). “Apesar das recentes boas notícias, como a aceleração da queda da taxa de juros, a melhora nas projeções do PIB para 2017 e a liberação do FGTS, que poderá aliviar a inadimplência e impactar positivamente no consumo, a pauta política ainda instável requer cuidados para qualquer tipo de avaliação”, pondera a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Expectativas atingem 61,2 pontos na escala do indicador; 48% estão confiantes com o futuro da economia O Indicador de Expectativas, que serve de termômetro para avaliar o que o empresário aguarda para o futuro, também apresentou variação negativa na comparação com fevereiro, mas está acima do observado no mesmo mês do ano passado, inclusive superando o nível neutro de 50 pontos. Em março deste ano ele atingiu 61,2 pontos (em fevereiro deste ano fora 65,4 pontos; em março do ano passado estava em 56,1 pontos). Quase a metade (48%) dos micro e pequenos empresários estão, de algum modo, confiantes com o futuro da economia brasileira. Quando essa análise detém apenas a realidade da sua empresa, o índice é maior e chega a 57% dos empresários consultados. O percentual de pessimistas com a economia é de 20% e de 13%, quando levado em conta a situação de seus negócios. A confiança dos empresários no desempenho da economia, entretanto, não é explicada na maior parte dos casos: quatro em cada dez (39%) empresários que se dizem confiantes para os próximos seis meses dizem não saber a razão de seu otimismo, apenas acreditam que coisas boas irão acontecer. Essa também é a principal razão para quem está otimista com o futuro de suas empresas, com 27% de citações. Entre os que estão otimistas com a economia, há também 26% de entrevistados que observam melhora no cenário macroeconômico. Entre os que vislumbram um futuro positivo para suas empresas, 24% enxergam a boa gestão do próprio negócio como um fator de estímulo. A maior parte dos empresários acredita que o faturamento das suas empresas deverá permanecer estável (44%) ou crescer nos próximos seis meses (43%). Em sentido contrário, apenas 8% que acreditam que suas receitas cairão. Entre os que esperam crescimento, quase um terço (33%) não sabe apontar a razão do otimismo, enquanto 21% creditam a melhora ao fato de estarem diversificando o portfólio de produtos ou serviços. Há ainda 19% que estão buscando novas estratégias de vendas e 10% que procuram melhorar a gestão do negócio. Fonte SPC Brasil Publicações similares Apoio ao Comércio 10 de outubro de 2024 Última chance para motociclistas realizarem curso de pilotagem defensiva gratuitamente em 2024 Aulas serão realizadas até 30 de novembro e as vagas são limitadas. 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