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COPOM eleva taxa de juros para 11,25% a.a.

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Na penúltima reunião do Comitê de Política Monetária (COPOM) em 2014 o Banco Central elevou a taxa básica de juros (SELIC) ao patamar de 11,25% a.a. A nova taxa representa a retomada do ciclo de elevações SELIC iniciado em 2013 e interrompido em abril deste ano. Este é o maior percentual da taxa desde novembro de 2011, quando fora estipulada em 11,50% a.a.


 


O principal motivo para uma nova elevação na taxa básica de juros é a resistência da inflação em convergir para o centro da meta estipulada pelo Governo Federal, de 4,5%, podendo variar dois pontos percentuais para cima ou para baixo (entre 2,5% e 6,5%).  Em setembro, a inflação oficial medida pelo IPCA (IBGE) apresentou crescimento de 0,57%, ante o percentual de 0,35% no mesmo período do ano anterior. Com isso, o índice acumulou crescimento de 6,75% nos últimos doze meses, ou seja, acima do limite máximo da meta estabelecida pelo Governo Federal. Os alimentos foram os principais responsáveis pela aceleração dos preços no período, com crescimento de 0,78% somente em setembro, influenciado pelo atual período de secas.


 


No entanto, este não é o único fator a contribuir para o aumento da inflação no período recente.  O grande estímulo ao consumo em 2012, com desonerações fiscais, expansão do crédito e redução dos juros contribuiu para uma pressão de demanda e, por conseguinte, para o maior crescimento dos preços em 2013, levando o Governo Federal a elevar os juros à época. Ainda assim, os preços continuaram apresentando trajetória ascendente.


 


Embora importantes ao controle da inflação, os sucessivos aumentos da taxa básica de juros entre abril de 2013 e abril de 2014 tem trazido efeitos negativos para a atividade econômica. Em agosto, por exemplo, as vendas do comércio varejista ampliado (que inclui a venda de veículos e materiais de construção) apresentou crescimento queda de -6,8% ante o mesmo mês do ano anterior, acumulando um resultado negativo de -1,5% no ano. Entretanto, a redução do consumo não tem sido acompanhada pela diminuição dos preços, como esperado. Além disso, mesmo após sua interrupção o ciclo de elevações dos juros têm prejudicado outros setores da economia, como a indústria. Com o maior custo para financiar investimentos em máquinas e equipamentos, a produção industrial tem apresentado queda, bem como a geração no setor. As situações do comércio e da indústria contribuem para um menor desempenho da economia como um todo, o que pode ser observado no resultado do PIB este ano, com dois trimestres consecutivos de queda (-0,2% no primeiro e -0,6% no segundo), caracterizando um cenário de recessão técnica.


 


Portanto, o que se espera é que a condução da política monetária, com a elevação da taxa de juros, seja acompanhada por mudanças na política fiscal. O grande volume de gastos do governo também é um fator a contribuir para o aumento dos preços.


 


Além disso, a alta carga tributária desestimula a competitividade e impede que os empresários pratiquem preços menores. O controle da inflação deve ser realizado e a taxa de juros é um importante instrumento neste processo, mas não deve ser o único, a fim de que os efeitos negativos sobre a atividade econômica do país sejam minimizados.


 


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