Notícias - 18 de julho de 2019 Crédito Habitacional Atuação Social A Caixa Econômica Federal aguarda autorização do Banco Central para anunciar, nas próximas semanas, uma redução de até 31,5% dos juros dos financiamentos imobiliários. Como o banco estatal detém mais de 70% do crédito habitacional do país, outras instituições também podem derrubar suas taxas para evitar a perda de novos clientes. Atualmente, os contratos de financiamento habitacional são corrigidos pela TR (Taxa Referencial, hoje zerada). Os bancos cobram um adicional que costuma variar de 8,5% a 9,5%. Com a mudança, a Caixa vai reajustar os contratos pela inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). O IBGE aferiu que esse índice deve fechar em 3,82% neste ano. Apesar de aplicar uma correção que hoje inexiste, na outra ponta o banco abrirá mão, em um montante maior, de suas próprias taxas, que acabam por onerar os empréstimos concedidos. O que ainda está em discussão na Caixa é a taxa adicional, que poderá variar de 2% a 3%. Clientes da Caixa ou com boa avaliação de crédito na praça pagarão juros menores. Isso significa que, na prática, o juro total sofrerá cortes entre 28% e 31,5% em relação ao modelo vigente. Somando juros e taxas cobrados, seriam 8,5% (no modelo pela TR), ante 5,82% (no modelo pelo IPCA), e 9,5% (pela TR), ante 6,82% (pelo IPCA). No entanto, o Banco Central ainda avalia o pedido de mudança dos indexadores. Caso aprovada, a nova regra só valerá para novos contratos. Não será possível migrar de um modelo para outro. Com a redução dos juros, o banco pretende estimular novos empréstimos e, com a receita desses pagamentos, emitir títulos imobiliários no mercado. Desta vez, a ideia da Caixa é reduzir os juros ao trocar o indexador dos contratos, o que permitirá usar o fluxo de pagamento dos financiamentos como lastro para a emissão de títulos a serem negociados no mercado —um processo conhecido como securitização. Com os recursos da venda de papéis, a Caixa poderá conceder novos financiamentos, amortizando custos. Nos EUA, o mercado de securitização imobiliária causou uma das mais graves crises financeiras mundiais. Em 2008, grandes bancos foram à lona por terem adquirido títulos podres de hipotecas americanas. Para evitar esse risco, a Caixa só vai securitizar financiamentos com índice baixo de inadimplência. Contratos do Minha Casa Minha Vida, por exemplo, ficarão fora. Hoje, mais de 90% de sua carteira de crédito imobiliário tem atraso de, no máximo, dois meses. A mudança levaria o investidor a considerar a compra de um título imobiliário. Hoje, quem compra um título do Tesouro já prefere o pós-fixado. Os [títulos do Tesouro] mais procurados são aqueles corrigidos pela inflação. A iniciativa da Caixa está alinhada com uma estratégia do governo de reacender a economia, que flerta com a recessão. A área de construção costuma ser o principal sensor da atividade econômica. Quando o setor vai bem, passa a contratar, rastando outros ramos de atividade porque está entre os que mais demandam trabalhadores. Também abriu rodadas de renegociação de contratos em atraso concedendo, em alguns casos, até 90% de descontos de juros. Essa campanha atingiu 2,3 milhões de pessoas. Caixa vai mudar regras para reduzir juros de financiamentos habitacionais Como é hoje? Os contratos são corrigidos pela TR (Taxa Referencial, hoje zerada) e o banco cobra uma taxa adicional sobre esse valor, que varia de 8,5% a 9,5% ao ano. Como ficará? Os contratos devem ser corrigidos pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), medido pelo IBGE, e o banco deve cobrar uma taxa adicional entre 2% e 3% ao ano. Como o IPCA projetado para este ano é de 3,82%, na prática, os juros dos financiamentos devem girar entre 5,82% e 6,82% ao ano. Por que a Caixa está fazendo isso? Ao mudar a indexação dos contratos, o banco consegue emitir títulos no mercado que terão como garantia o pagamento das parcelas dos financiamentos habitacionais. Com a venda desses títulos, a Caixa conseguirá compensar a redução das taxas adicionais e ampliar a oferta de crédito imobiliário. Não há risco? A Caixa responde por mais de 70% do crédito imobiliário do país, e mais de 90% dessa carteira tem inadimplência muito baixa. 31,5% será a redução máxima de juros para os clientes que forem da Caixa e tiverem bom histórico de pagamento; para os demais, a redução pode ser de 28% R$ 100 bilhões. É o potencial previsto pela Caixa para emissão de títulos a partir deste ano R$ 447 bilhões Foi o saldo da carteira de crédito imobiliário da Caixa no primeiro trimestre deste ano. Deste total, fatia de 40% foi concedida com recursos do FGTS Fonte: Folha de São Paulo Publicações similares Atuação Social 13 de janeiro de 2022 S.O.S Chuvas Minas Gerais Entidades do setor produtivo da capital se unem para ajudar vítimas das chuvas em MG Objetivo … Atuação Social 26 de novembro de 2021 CDL/BH abre as portas para a exposição artística Jaguar Parade BH 2021 Alguma vez na vida, você já imaginou ver dezenas de onças-pintadas espalhadas pelas ruas da capital … Atuação Social 15 de junho de 2021 CDL/BH doa 100 elmos para auxiliar no tratamento da COVID-19 em Minas Gerais A CDL/BH doou hoje cem Elmos, nome dado aos capacetes que foram criados com o objetivo … Atuação Social 2 de junho de 2021 Instituições se mobilizam para premiar programas de capacitação a mulheres Nos últimos anos a violência contra a mulher atingiu números alarmantes. De acordo com o Ministério …