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Hippies ou camelôs no centro de BH?

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O coordenador do Conselho Regional do Hipercentro, Jonísio Lustosa, recebeu nesta terça-feira, 20 de agosto, representantes da Prefeitura de Belo Horizonte para falar a respeito do aumento de camelôs no centro da Capital. O assunto foi tratado na reunião mensal do Conselho, que contou com a presença dos vice-presidentes, Anderson Rocha e Marcos Innecco.

Primeiramente, o gerente institucional da CDL/BH, Edílson Cruz, fez um breve relato sobre a história dos camelôs e a retirada dos mesmos do Centro de BH e a participação fundamental da CDL/BH nisso. Ele lembrou que a Entidade, em 2002, fez uma pesquisa e constatou que 836 lojas estavam fechadas na região do Hipercentro, e os dois principais motivos alegados pelos lojistas foram a falta de segurança e a concorrência com os camelôs.

Por meio dos dados, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) juntamente com a CDL/BH e mais 48 entidades deram início a criação do Código de Posturas do município, proibindo que os camelôs permanecessem nas ruas. A partir disso, 2771 camelôs foram transferidos das ruas da Capital para os shoppings populares, tendo mais conforto, dignidade e melhores condições de comercialização.

Depois de passado praticamente 10 anos de todo esse trabalho, o coordenador Jonísio Lustosa afirma que os camelôs estão voltando na forma de hippies. “Nós lutamos tanto para tirar esses camelôs das ruas. É um compromisso nosso enquanto CDL/BH, Prefeitura, Polícia Militar para que isso não volte”, explica. Ele acredita que a volta dos camelôs pode trazer prejuízos para todos, inclusive para os comerciantes.

Durante a reunião, foi consenso de todos os representantes da PBH que a medida liminar expedida pelo juiz Geraldo Claret de Arantes vem impedindo que os órgãos da prefeitura fiscalizem e impeçam o comércio ilegal nas ruas. A medida respalda o direito dos hippies de exercerem seus ofícios, alegando que manifestações artísticas e intelectuais devem ser respeitadas.

O gerente de fiscalização da regional Centro-Sul, Jairo Aguiar Braga, alega que muitos camelôs estão aproveitando da situação para se infiltrarem no meio dos artesãos. “Muitos hippies também ajudam os camelôs dizendo que as mercadorias são deles e neste caso não podemos fazer nada por causa da liminar.”, afirma Braga.

Mesmo com todas as dificuldades, o gerente expõe que não acredita no aumento dos camelôs, que há monitoramento e atualmente a regional possui quatro equipes de fiscalização por cada turno, existindo hoje os turnos da manhã, tarde e noite. Além disso, cerca de 260 articuladores de fiscalização contribuem para que camelôs não se instalem nas ruas do Hipercentro.

O vice-presidente Marcos Innecco alertou que os hippies tem um movimento organizado na Câmara dos Vereadores chamado de Movimento Cultura Hippie. “Eles têm um movimento organizado, algo que nós não temos. Nós precisamos reverter isso, precisamos nos unir e ter um movimento também”, indagou Innecco.

O vice-presidente, Anderson Rocha, completou que o hipercentro já passa por vários problemas como inúmeras obras e trânsito caótico, correndo o risco de perder os consumidores para outros centros comerciais. “Nós não podemos perder esse poder econômico, correndo o risco de ter uma degradação da área central, como ocorreu no Rio de Janeiro e São Paulo”, concluiu.

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