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Os efeitos da poluição na competitividade urbana

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A competitividade das cidades tem sido uma das questões centrais nas políticas públicas das últimas décadas, principalmente em função das substanciais mudanças na economia global e na estrutura social e demográfica dos países.


 


Fundamentalmente, as cidades tornam-se competitivas em razão de sua localização geográfica, de estruturas econômicas de produção, e de sua capacidade de atrair e reter capital humano. Portanto, a qualidade ambiental, diretamente relacionada à qualidade de vida das pessoas, desempenha um papel extremamente importante nesse processo.


 


Segundo recente relatório publicado pelo Banco Mundial, as cidades com menores níveis de poluição do ar e da água possuem vantagens competitivas na atração de pessoas, investimentos e empregos.


 


Contudo, o relatório alerta que a redução nos níveis de poluição pode implicar em aumento nos custos de produção. Portanto, é essencial que haja uma correta compreensão da relação existente entre poluição e competitividade para que os governos possam tomar suas decisões baseados nos benefícios e nas consequências das políticas adotadas.


 


Cidades com o mesmo tamanho populacional podem apresentar resultados ambientais muito distintos, dependendo de sua atividade econômica, composição industrial, investimentos em diferentes fontes de energia e mecanismos regulatórios dos níveis de poluição permitidos.


 


A poluição pode afetar a produtividade de diversas maneiras. Se, por um lado, pode ter efeitos diretos na saúde, como redução da capacidade de pensar e desempenhar atividades físicas dos trabalhadores, os impactos econômicos gerados por regulamentos ambientais que obriguem investimentos para redução dos níveis de poluição contribuem para diminuir os níveis de produtividade.


 


Uma cidade que busca ativamente aumentar sua competitividade reduzindo a poluição pode aumentar seus custos de produção. Contudo, segundo pesquisadores do Banco Mundial, esses custos e sua influência nos níveis de competitividade dependerão do setor da economia escolhido por ser a principal fonte de poluição.


 


Suponha que a energia elétrica a carvão seja a principal causa da poluição de uma cidade. O custo econômico de uma transição “verde” no setor de energia dependerá de quão caro é alterar a matriz energética para usar, por exemplo, gás natural ou energia renovável.


 


Dessa forma, os parâmetros de custo relacionados ao processo de redução dos níveis de poluição são fatores determinantes para o fracasso ou o sucesso do aumento da competitividade. Modelos que introduzem reformas flexíveis e graduais tendem, portanto, a ser mais exitosos, pois podem acompanhar as necessárias adaptações e mudanças institucionais.


 


Estarão as cidades preparadas para tomar as medidas necessárias para reduzir a poluição, mesmo que isso implique em maiores custos? Estará a população preparada para pagar mais por um ambiente urbano mais saudável?


 


Se, por um lado, a diminuição dos níveis de poluição pode aumentar os custos de produção, o aumento da competitividade pode gerar lucros suficientes para suportar o aumento desses custos. Encontrar o modelo correto para equacionar esse problema pode ser a solução para que tenhamos cidades competitivas e, consequentemente, com baixos níveis de poluição.


 


A boa notícia é que o contínuo processo de inovação e investimentos em tecnologia cria uma clara possibilidade de substancial contração dos custos relacionados à redução dos níveis de poluição. Isso deve contribuir de forma global para o aumento da competitividade, tendo como efeitos colaterais positivos o crescimento econômico e a diminuição da pobreza.


 


Fonte: Claudio Bernardes – Folha de São Paulo


 

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