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Retorno dos camelôs no Hipercentro

Atuação Social


O diretor do Conselho Regional CDL Hipercentro, Jonísio Lustosa, presidiu a reunião mensal do Conselho, onde foi debatido o retorno dos camelôs no Hipercentro da Capital. Diversos comerciantes, que temem o agravamento da situação, cobraram atitude dos representantes de órgãos públicos presentes na reunião, realizada na CDL/BH, na terça-feira, dia 18 de agosto.


Jonísio Lustosa iniciou a reunião alertando a todos sobre o retorno dos ambulantes. “Infelizmente os camelôs estão voltando às ruas de Belo Horizonte e isso não é exclusividade da Regional Centro-Sul”, disse. Aproveitando a fala do diretor, o presidente da CDL/BH, Bruno Falci, disse que a punição deve ser maior para aqueles que comercializam produtos ilegalmente. “Se houver uma punição mais severa, eles vão pensar uma, duas, três vezes antes de entrar para ilegalidade”, afirmou.


O vice-prefeito de Belo Horizonte, Délio Malheiros, falou que a cidade não suporta mais a desorganização que era o centro de Belo Horizonte, quando havia centenas de camelôs nas ruas. Ele aproveitou o momento para falar das ações da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) no combate aos ambulantes. “Nós programamos mais ações pontuais de fiscalização, não revelarei datas para não atrapalhar o trabalho dos fiscais”, justificou. Malheiros disse também que o Hipercentro ganhará 178 mil lâmpadas de led, o que contribuirá para iluminação e fiscalização após as 18 horas.


O secretário da administração Regional Centro-Sul da PBH, Marcelo de Souza e Silva, afirmou que a prefeitura também está disposta a escutar sugestões de todos. Ele disse que atualmente a fiscalização é realizada de 7 horas às 19 horas. No total são 80 fiscais, e mais 200 apoiadores. Segundo o secretário somente ano passado foram feitas 2710 apreensões. “Nós precisamos nos unir e sair do discurso e ir para a prática”, argumentou.


O vereador Antônio Caixeta disse que a retirada dos camelôs na década de 1990 foi em um período muito mais complicado, em que a taxa de desemprego era de 16% e muitas pessoas não tinham alternativa, senão o comércio informal para ganhar algum dinheiro. “Foi nesse período que foi resolvido o problema com os ambulantes. Então, não há justificativa para aceitarmos o retorno deles. É necessário mais fiscalização da Prefeitura com o apoio da Polícia Militar”, enfatizou o vereador.


O Comandante do Policiamento da Capital, Coronel Cícero Leonardo da Cunha, falou que a Prefeitura precisa de um maior compromisso com o espaço público. Ele citou o exemplo da Praça da Estação, onde havia centenas de camelôs, roubos e até estupros, ocasionados principalmente pela desorganização do espaço. Depois da requalificação efetuada, o ambiente mudou. “Grande parte desse trabalho vem da prefeitura de Belo Horizonte, que precisa realizá-lo ”.


O diretor da CDL/BH, Fausto Izac, também fez sua pontuação quanto ao retorno dos camelôs. “Nós temos 300 legislações para cumprir, pagamos dezenas de impostos, somos fiscalizados o tempo todo. É inadmissível competir com quem não tem nenhum dever a cumprir”, argumentou e ele ainda completou “a CDL/BH lutou décadas pela retirada dos camelôs. O que eu proponho é que tenha tolerância zero”, finalizou.


 


Bráulio Filgueiras

Comunicação e Marketing CDL/BH


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